Dar conselhos a Serena durante os encontros pode não ser benéfico, diz Mouratoglou

Patrick Mouratoglou acredita que as novas regras de coaching — comunicação entre treinadores e tenistas entre os pontos (e não durante a troca de lado) –, que deverão ser uma realidade nos quadros principais da edição de 2018 do US Open, podem não surtir grande efeito na sua pupila, Serena Williams.

O técnico francês considera que aconselhar a campeoníssima norte-americana, de 36 anos, durante os encontros pode ter o efeito contrário, ou seja, atenuar um dos seus pontos fortes: “dar a volta aos duelos”.

“Não quero que ela comece a pensar que precisa de alguém [que a ajude] a virar um encontro, quando está com problemas. Há 20 anos que ela tem feito isso melhor que ninguém. É algo que prejudicaria um dos seus pontos fortes e isso seria errado”, comentou Mouratoglou, em entrevista à agência Reuters.

Serena Williams começou a ser orientada por Patrick Mouratoglou em junho de 2012. Cinco anos volvidos, o francês afirma ter a perceção que discutir aspetos táticos com a antiga número 1 mundial durante os embates pode “não ser benéfico”. E explica porquê: “Imagina que o teu jogador tem a melhor direita do mundo e que lhe darias conselhos técnicos sobre esse ponto. Isso pode levá-lo a pensar que afinal esse golpe não é assim tão bom e poderá prejudicar toda a pancada”, observou.

A receita de Mouratoglou é simples. “Quando está perto da perfeição, não digo nada. Claro que nada é perfeito, mas a forma como ela consegue por vezes virar os encontros roça a perfeição”, esclareceu. Contudo, pode haver exceções. “Quando sinto que ela está completamente perdida, como aconteceu durante o duelo com [Roberta] Vinci [meia-final do US Open de 2015], mas é uma situação que raramente acontece”, frisou.

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