À partida pode parecer um disparate mas, na verdade, não é assim tão descabido. A hipótese é avançada por Richard Johnson no New York Post e surge como consequência das novas medidas implementadas pelo Kremlin. Como o próprio jornalista avança, não seria necessariamente por escolha de Maria Sharapova.
Conforme a lei implementada pelo governo de Vladimir Putin, os dez (10) milhões de cidadãos russos com dupla cidadania terão de se registrar no Kremlin até ao dia 4 de outubro. No entanto, e por estar fora do pais, a ex-número um mundial poderá fazê-lo depois, no seu primeiro regresso à Rússia.
A lei surge no seguimento da invasão à Ucrânia e das sanções aplicadas pelo governo norte-americano ao russo. Citada por Johnson no seu artigo original, uma fonte anônima afirma ser “a maneira de Putin dizer aos expatriados que está de olhos neles, mesmo não estando no país, e que não podem escapar.” A mesma fonte diz ainda que “é o primeiro passo para fazer com que os russos que moram fora do país paguem taxas de imposto maiores.”
No fundo, esta nova lei força todos os cidadãos a esclarecer o governo russo sobre os seus pertences e contas/registos bancários, algo que fará — no que ao desporto diz respeito — com que muitos atletas venham a mostrar o seu descontentamento. Para já, também os jogadores de hóquei russos e modelos presentes nos Estados Unidos estão descontentes. Como a mesma fonte diz, “isto vai convencer muitos russos a desistir da dupla-nacionalidade — eles vão largar o passaporte russo.”