“Se queremos vingar neste desporto temos de ser persistentes”, sublinhava João Domingues, no final do encontro de ontem, após carimbar a qualificação para a final da 16ª edição do Porto Open. O mote estava dado, as cartas colocadas em cima da mesa e os intérpretes à procura de enriquecerem os respectivos palmarés. No final, foi Arthur de Greef quem fez a festa.
Frente a frente João Domingues (509º) e Arthur de Greef (333º), dois tenistas que já tinham medido forças em fevereiro deste ano, na ronda inaugural do Future de El Kantaoui (Tunísia). Domingues sabia o que esperar do belga, que definiu como sendo um jogador “bastante rápido e sólido e muito bom no contra-ataque”, mas voltou a ser incapaz de sair por cima. Desta feita, os parciais da vitória de Arthur de Greef ficaram definidos com 6-4 e 6-0, em 1h15 de encontro.
O início do duelo foi bastante equilibrado, com o tenista belga a assinar um break precoce, que de imediato o número 6 nacional tratou de devolver. Alguns jogos mais tarde, a história repetiu-se: de Greef volta a quebrar o serviço de Domingues à passagem do sétimo jogo, mas o português não se ficou. Estava reposta a igualdade a 4. Porém, e numa altura crítica do set, o tenista de Oliveira de Azeméis não conseguiu passar para a frente do marcador e de Greef não perdeu a oportunidade de sentenciar o primeiro parcial, ao cabo de 47 minutos.
O segundo set foi rápido (28 minutos) e de sentido único para o tenista natural de Bruxelas, que sem grande esforço construiu uma liderança assente num duplo break rumo à 15ª vitória consecutiva – terceiro título em 2015, nono no cômputo geral.
A derrota na final do torneio portuense oferece ao tenista luso 1.272 dólares (1.119 euros) e 15 pontos para a classificação individual no ranking ATP. Esta foi a terceira decisão perdida por João Domingues na presente temporada, após os dois desaires em Idanha-a-Nova. Recorde-se que o campeão nacional absoluto de ténis conta com um título de singulares no seu currículo (Coimbra, 2013) alusivo ao circuito Future.