Poderemos vir a ter rankings de dois anos no futuro? Quem o propõe é Rafael Nadal que, na conferência de imprensa de antevisão ao Masters 1000 de Montréal, deu conta da sua opinião em como o ténis deveria seguir o exemplo do golfe em relação aos rankings.
“O Roger tem 35, 36 anos [feitos esta terça-feira], eu tenho 31, Stan tem 32, Novak tem 30. Já não temos 21 ou 22 anos. Na geração anterior a nós, a maior parte já se tinha retirado com estas idades”, começou por dizer o tenista maiorquino.
Na visão de Nadal, rankings de dois anos seriam uma solução para ajudar a gerir o calendário anual, uma vez que hoje em dia os tenistas jogam mais tempo do que na geração anterior e, como tal, precisam de mais períodos de descanso.
“Eu disse no passado que não funcionava [o calendário] mas seria melhor para gerir o calendário se tivéssemos rankings de dois anos, e não de um. Isso iria proteger os tenistas e ajudá-los a encontrar períodos para descansar”, prosseguiu.
“No geral, com as lesões e a idade, não ajuda muito. O calendário é o mesmo e a única diferença é que os jogadores estão a jogar mais tempo e quando ficas mais velho precisas de arranjar períodos para descansar porque, tanto mentalmente como fisicamente, são precisos.”
O ranking de dois anos baseia-se nas prestações de um tenista ao longo de dois anos, ao invés de um, como acontece atualmente. Essa possível mudança iria permitir, por exemplo, que Stan Wawrinka descesse apenas até ao 8.º lugar da hierarquia durante a sua ausência do circuito, uma vez que não jogará mais esta época devido à necessidade de uma intervenção cirúrgica ao joelho esquerdo.