Foi em mais uma publicação no Players Voice que Nick Kyrgios abriu o coração e falou do que sente nesta fase da sua vida e respetiva carreira. Num longo texto publicado naquela plataforma, o tenista australiano revelou que finalmente encontrou um propósito para o que tem vindo a fazer no ténis.
Conhecido pela proximidade com o público mais jovem e pela excelente relação que tem com ele, Nick Kyrgios vê na ajuda às crianças o motivo pelo qual entra em court.
“Acho que encontrei o meu propósito. Pela primeira vez sinto que tenho uma razão para fazer o que estou a fazer. O ténis é uma grande vida: somos bem pagos e temos muitas vantagens. No entanto podes-te sentir vazio se apenas jogares pelo dinheiro”, escreve o tenista australiano, que afirma sentir-se mais realizado quando ajuda uma criança do que a vencer os seus próprios encontros.
“Adoro crianças. Sinto-me mais feliz a ajudar e a vê-las serem bem sucedidas do que nas minhas próprias vitórias no circuito. Sempre foi assim. Se a minha visão se realizar, é uma esperança minha ser relembrado por isso mais do que qualquer coisa que já fiz ou venha a fazer num court de ténis”, admite na publicação, relembrando a experiência que teve com o jovem Piotr, o rapaz representado na imagem de destaque deste mesmo artigo e que marcou muito o tenista de 22 anos.
“Recordo o Piotr com felicidade e tristeza. Ele era um pequeno rapaz com um cancro terminal no cérebro. A organização ‘The We The Peoples’ pôs-nos em contacto”, recorda.
“Fui jogar com o Piotr em vez de fazer o meu treino normal antes do jogo no Australian Open este ano. O Piotr disse-me que aquele foi um dos melhores dias da sua vida, mas honestamente não sei qual de nós teve o melhor dia. Foi fantástico. Ele morreu uns meses depois. Nunca mais o vou esquecer”, disse o número 21 mundial que procura agora um local para poder iniciar o seu projecto.
“Estamos à procura de um terreno em Melbourne e a procurar organizações e negócios para fazermos parceria. Este sonho vai tornar-se realidade. Vem-me do coração”, afirma convictamente.
O texto na íntegra pode ser consultado aqui.