Um dos oradores convidados para o Fórum de eventos desportivos ED17 organizado pelo jornal AS que decorre até esta sexta-feira, em Madrid, foi Carlos Costa, agente e amigo de Rafael Nadal.
“Rafa Nadal, gerindo a carreira de uma lenda” foi o ponto de partida para uma exposição de Carlos Costa, na qual o responsável pela carreira desportiva do maiorquino lhe teceu rasgados elogios.
“O agente deve transformar o desportista num produto. Mas para tal é preciso transmitir alguns valores, o que no caso do Rafa foi fácil. Os seus pais transmitiram-lhe valores de educação muito fortes. Rafa tem uma genética e uma cabeça privilegiadas. Consegue ter três conversas ao mesmo tempo”, afirmou Carlos Costa, citado pelo AS.
Costa, um antigo tenista que ao longo da sua carreira arrecadou seis títulos de campeão (um dos quais no Jamor, em 1992), salientou que a grandeza de Rafael Nadal vai muito além do tenista que entra em court sedento de vitórias. “O Rafa de antes era um produto em que as marcas apostavam para terem visibilidade. Depois, ele tornou-se uma marca e as vitórias ficaram um pouco à margem. Já nenhum dos seus patrocinadores depende das suas vitórias. Ele já é um embaixador”, frisou.
Rafael Nadal, recordista de títulos de campeão de Roland Garros, é uma máquina competitiva e nem as lesões que enfrentou e os seus 31 anos o impedem de querer estar sempre na linha da frente pelos grandes títulos. “Aos 31 anos, ele podia simplesmente resignar-se, mas todas as épocas constituem um novo desafio para ele e continua a trabalhar como se tivesse 18 anos. Ainda me surpreendo com a intensidade e com os objetivos que ele emprega em cada treino”, observou.
A rivalidade planetária protagonizada por Nadal e Federer não ficou à margem da intervenção de Carlos Costa. “É a maior rivalidade no ténis e é algo que transcendeu o desporto. Houve alturas em que quase todos os domingos havia um Federer-Nadal. Há admiração e respeito entre eles”, apontou.
