João Zilhão sobre mais um Estoril Open: “Acho que é um dos ATP 250 de grande nível”

Chegou ao fim este domingo mais um Millennium Estoril Open, o quinto consecutivo realizado nos courts de terra batida do Clube de Ténis do Estoril, com Stefanos Tsitsipas a conquistar o título de singulares. Em conferência de imprensa final, o diretor do torneio, João Zilhão, fez um balanço conclusivo.

Começando pelo facto da edição deste ano ter tido como campeão um jogador do atual top-10 mundial, Zilhão reconheceu que tem uma importância “imensa”. “O Stefanos era uma grande aposta nossa, já o tinha sido no ano passado quando era número 70 do mundo e depois chegou cá um bocadinho melhor. Vimos que estava ali o futuro da nova geração, ele depois no final do ano ganha o ATP NextGen Finals, ou seja, confirma tudo aquilo que nós já tínhamos idealizado. E depois estive ainda uns cinco ou seis meses a negociá-lo para o trazer este ano, portanto foi uma negociação muito difícil tanto do ponto de vista financeiro como também do ponto de vista de o convencer de que fazia sentido jogar esta semana.”

“Estando cá e ganhando o torneio, é realmente uma grande alegria para todos nós porque acho que é um jogador que tem muito carisma e é um jogador que realmente vem engrandecer a nossa lista de antigos campeões e para muitos é apontado como um futuro número um do mundo. Ele aos 20 anos já esteve a 8 do mundo, agora está a 9 ou 10, mas acima de tudo é um jogador que toda a gente vai ver durante os próximos anos a brilhar em todo o tipo de superfícies. E poder realmente ter ganho o nosso torneio é muito bom para nós, o nosso torneio, o nosso público, sponsors. Hoje o que sentimos foi que toda a gente estava muito feliz com a vitória do Stefanos Tsitsipas aqui no Estoril”, completou.

João Zilhão abordou depois a edição deste ano do Millennium Estoril Open, fazendo “sem dúvida um balanço extremamente positivo”. “Vieram grande parte dos nomes que nós contratámos e que estávamos com medo que não viessem. O Monfils é um caso: também esteve lesionado mas apareceu, jogou, fez grandes jogos. O Tsitsipas era o nosso cabeça de série número um, jogou, ganhou. David Goffin foi um wild card de última hora, um grande nome, ex-top 10 mundial, fez também grandes exibições, portanto obviamente que gostava que tivessem jogado o Fognini e o Anderson mas não puderam jogar, foram impedidos. Agora, o quadro esteve muito bem representado, acho que é um dos [ATP] 250 de grande nível, ter oito jogadores do top-30 confirmados e três jogadores do top-12 se tivessem jogado todos.”

Desafiado a comparar o desfecho da edição do ano passado com a deste ano, o principal responsável pelo maior torneio de ténis realizado em solo lusitano referiu que “o ano passado foi memorável, irrepetível praticamente e portanto marcou muito a vitória do João Sousa a mim e a todos os portugueses”, ao passo que este ano “é muito diferente” porque Stefanos Tsitsipas “é um nome de referência que ganha o torneio, acho que nos ajuda em termos de visibilidade internacional especialmente”.

“São sentimentos diferentes: o ano passado foi incrível, este ano foi muito bom e muito especial. São ambos campeões que me deixam muito feliz, mas se me perguntar se eu queria que o João Sousa ganhasse outra vez, obviamente que sabe a resposta de mim e de todos os portugueses. Acho que a vitória do João Sousa foi muito importante para o território nacional e para os fãs portugueses e para o retorno em Portugal, o Tsitsipas em termos internacionais tem hoje já uma legião de fãs enorme em todo o mundo e muita gente gosta de o ver e acompanhar. Fico muito contente de ter ganho o seu primeiro título de terra batida aqui no Estoril, em Portugal”, concluiu.

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