Serena rugiu e a partir daí teve caminho aberto

PARIS, França — Dia de estrelas no Court Philippe-Chatrier. Depois de Caroline Wozniacki, Rafael Nadal e Novak Djokovic, foi a vez de Serena Williams pisar o palco principal de Roland Garros e a verdade é que a norte-americana se viu forçada a trabalhos extra para avançar à segunda ronda.

A viver um dos inícios de temporada mais complicados da carreira, a ex-número um do mundo teve um início de duelo para esquecer frente a Vitalia Diatchenko, de tal forma que a russa chegou a parecer muito bem encaminhada para a segunda grande surpresa no espaço de 10 meses — eliminou a compatriota Maria Sharapova na última edição de Wimbledon.

Completamente fora de ritmo, Williams chegou tarde à grande maioria das bolas que lhe chegaram do outro lado da rede durante praticamente todo o parcial, revelando grandes sinais de frustração enquanto, do outro lado, a russa de 28 anos (que é a número 83 do mundo) aproveitava para desenhar o início de uma promissora vitória.

Só que a abrir o segundo set Vitalia Diatchenko foi traída pela pancada de serviço, que a deixou ficar mal nos dois primeiros pontos do seu primeiro jogo e permitiu que Serena Williams visse a luz ao fundo do túnel — primeiro com um winner de esquerda, depois com outra resposta sem retorno, desta vez de direita, a norte-americana rugiu. E deu o passo de que precisava para começar a tomar controlo da situação.

Como se de um filme repetido se tratasse, a partir do momento em que ganhou vantagem no serviço da adversária não mais olhou para trás. E, mesmo continuando longe da forma que a levou a 23 títulos de campeã de torneios do Grand Slam em singulares (e outros 14 em pares), e mais recentemente às finais de Wimbledon e US Open 2018, isso foi suficiente para Serena Williams ganhar a confiança necessária para fintar a derrota e, ao cabo de uma hora e 32 minutos, vencer pelos parciais de 2-6, 6-1 e 6-0.

Não foi bonito, mas atendendo ao momento atual (teve de retirar-se dos últimos três torneios que disputou, em Indian Wells, Miami e Roma, optando por nem ir a Madrid) foi um triunfo muito importante para restabelecer alguma da confiança que lhe falta.

E assim o duelo com Virginie Razzano, neste mesmo torneio há sete anos, mantém-se como a única primeira ronda de torneios do Grand Slam que Serena Williams perdeu em toda a carreira.

Segue-se a vencedora do duelo entre Kurumi Nara e Dalila Jakupovic.

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