Um ano depois de ter abandonado o court em lágrimas quando já passava das três da manhã, Andy Murray regressou ao Citi Open, em Washington D.C. Desta vez para jogar pares e ao lado do irmão, Jamie Murray — com quem não estava lado a lado desde 2016.
A estreia dificilmente poderia ter sido mais difícil — enfrentaram os vice-campeões de Wimbledon, Nicolas Mahut e Edouard Roger-Vasselin —, mas no final a vitória sorriu aos escoceses: 6-4, 6-7(7) e 10-5 foram os parciais de um dos encontros mais aguardados da semana na capital norte-americana.
Num encontro equilibrado do início ao fim, os britânicos ainda dispuseram de dois match points na segunda partida mas acabaram por ser forçados ao match tie-break. Aí, uma entrada em falso colocou-os a perder rapidamente por 5-2, mas Andy e Jamie conseguiram não só recuperar como vencer oito pontos consecutivos para seguirem em frente.
Nos quartos de final, os irmãos — que em torneios do circuito ATP não jogavam juntos desde o ano de 2013 — vão ter mais um duro desafio pela frente: Raven Klaasen e Michael Venus, os terceiros cabeças de série que graças aos parciais de 6-3, 3-6 e 10-7 afastaram os atuais campeões de Roland Garros, Kevin Krawietz e Andreas Mies.
No final do encontro, Andy Murray voltou a deixar boas indicações em relação a um regresso à variante de singulares — talvez até mais cedo do que se possa pensar. “Estou muito melhor do que há um ano. Fisicamente estou tão melhor. Conseguir competir outra vez e sem quaisquer dores é brilhante”, confessou o ex-número um mundial de singulares.
Quanto a Jamie Murray, também ele ex-líder do ranking mas na variante de pares (e campeão em título deste torneio, juntamente com Bruno Soares), viveu um dia para mais tarde recordar, uma vez que somou a 400.ª vitória da carreira ao mais alto nível em encontros de pares.
Enquanto parceria, Andy e Jamie Murray já celebraram duas vitórias em torneios ATP: em Valência, 2010, e Tóquio, 2011.