Giannessi deixa “inspiração” pelo caminho e chega aos quartos de final em Lisboa

Beatriz Ruivo/Lisboa Belém Open

LISBOAAlessandro Giannessi foi a figura do dia no quadro principal de singulares do Lisboa Belém Open, onde afastou o quarto cabeça de série, Paolo Lorenzi, por 7-5 e 6-3 para chegar aos quartos de final. Vencedor da batalha italiana, o número 164 do mundo falou sobre a importante (e marcante) relação com o compatriota e também da fase extremamente promissora que atravessa o ténis no seu país.

“Foi um encontro muito difícil, eu e o Paolo conhecemo-nos há muitos anos e somos grandes amigos. Ele é um jogador incrível, uma grande inspiração e foi difícil defrontar um amigo, mas é o que é e acho que hoje fiz um bom trabalho. Também estavam condições difíceis, com muito vento e sombras difíceis. Estive bem mentalmente e felizmente consegui ganhar em dois sets, reconheceu o mais novo dos italianos, que na atualização desta semana do ranking ATP ocupa a 164.ª posição, mas chegou a ser 84.º (no verão de 2017).

Inevitavelmente, Giannessi foi chamado a comentar o momento que o ténis italiano atravessa e não hesitou em classificá-lo como o melhor de sempre: “É uma loucura, temos mais de 20 jogadores no top 250 e há muitos jogadores novos, mas também muitos jogadores mais velhos que ainda competem. É muito importante fazer parte desta fase em que temos grandes campeões como o Fognini, o Berrettini e depois os novos rapazes a aparecer, muito talentosos e com grandes oportunidades de subirem muito no ranking.”

Como principal causa da evolução do desporto no país, Alessandro Giannessi apontou a aposta federativa: “A federação fez um bom trabalho ao organizar muitos torneios Challenger, que são importantes para os jogadores terem oportunidades de competir ’em casa’ quando são novos. Ter 20 ou mais Challengers num ano é muito bom, permite-nos competir no nosso país semana após semana e melhorar o nosso nível de jogo. E não só para os jogadores como para os treinadores, temos muito bons treinadores em Itália e é importante continuar este trabalho”, concluiu.

Já apurado para os quartos de final, o jogador transalpino vai ter pela frente Dimitar Kuzmanov (298.º), qualifier que na primeira ronda superou o português Frederico Silva e esta quarta-feira voltou a triunfar em duas partidas: 7-5 e 6-2 contra o francês Benjamin Bonzi (194.º), carrasco de João Domingues na eliminatória inaugural.

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