Gastão Elias: “Quando achar que não dá para chegar ao top 100 não faço mais pré-épocas”

Beatriz Ruivo/FPT

Motivação e confiança. São estas as duas palavras chave do discurso de Gastão Elias, que na despedida ao Maia Open e, por consequente, à temporada de 2020 deixou boas indicações em relação ao futuro.

Se na análise à derrota com o amigo Pedro Sousa o tenista português de 30 anos já tinha afirmado sentir-se numa boa forma (“estou a jogar bem e a sentir-me bem fisicamente, por isso se não fosse o Pedro Sousa ia ser difícil alguém pararem-me esta semana”), na abordagem a 2021 também deixou evidente que já deixou os problemas físicos dos últimos anos para trás.

“Não sei quantas pré-épocas ainda tenho pela frente, mas a partir do momento em que eu achar que não dá para chegar ao top 100 não vou fazer mais pré-épocas. Sinto que tive dois ou três anos em que não pude competir como queria, portanto motivação para o que aí vem não me falta. Ainda tenho muita coisa para dar e como se viu hoje ainda tenho pernas e pulmão”, reiterou o atual número 429 ATP, que desde a retoma jogou duas finais no circuito ITF, das quais venceu uma (no Porto Open).

Em relação à pré-temporada que se aproxima, Elias já tem alguns detalhes definidos, mas a incerteza em torno do calendário de 2021 faz com que seja impossível ter tudo alinhado: “Não tenho a certeza de quanto tempo é que durará. Idealmente teria cinco ou seis semanas antes de começar a competir, mas não sabemos quando é que vão começar os torneios. Aqui em Portugal, se não me engano, começarão no final de fevereiro, mas vamos ver. Este ano vou fazer a pré-época no Brasil, em terra batida, e o essencial é estar bem fisicamente para aguentar os treinos árduos do início ao fim.”

Um ano depois de se ter preparado em Miami, e noutra superfície (em piso rápido), o jogador português explicou a mudança: “Em Miami está toda a gente a jogar em piso rápido porque geralmente começam todos na Austrália. Como este ano vou estar no Brasil [em Curitiba] vou fazer com jogadores de um escalão um pouco mais baixo, do nível Challenger e talvez até Futures, e é mais pelos meus parceiros de treino que vai passar pela terra batida. Mas eu gosto de jogar em terra e acho que uma pessoa se desenvolve mais tenisticamente na terra do que em piso rápido, porque precisas de ser um jogador melhor, portanto isso será uma vantagem.”

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