Grand Slam em tempos de pandemia: o quadro principal alcançado (por Pedro Felner)

Ontem foi um dia especial. Com direito a lágrimas e tudo. Não que este resultado mude significativamente a realidade actual da carreira do Frederico, mas porque tem um importante valor simbólico para nós e porque, acreditamos, pode ajudar a abrir-nos outros horizontes.

A sensação de que o esforço, a persistência e o trabalho sério compensam. A sensação de que valeu a pena acreditar mesmo nos momentos mais duros — e foram alguns aos longo dos últimos 4 anos, principalmente com as lesões que foram assolando o Frederico.

Foram 15 anos de trabalho intenso para aqui chegar. Entre as muitas horas passadas num campo de mini-ténis ou em torneios nacionais de sub 12 até ao quadro principal de um Grand Slam, muita coisa aconteceu. Pelo meio, a criança passou a adulto. O menino que jogava mini-ténis num clube de província passou a profissional. Muitos milhares de horas de treino e competição, centenas de semanas em viagens pelo Mundo, muitas vitórias saborosas, algumas derrotas bem amargas. Temos conseguido fazer um percurso pouco provável nos dias de hoje, mas do qual me orgulho.

Foram 15 anos de aprendizagem também para mim. Tentei crescer com ele, procurando antecipar as suas necessidades e tentando estar ao nível das exigências e da responsabilidade de trabalhar com um grande atleta. As necessidades dele sempre foram o maior estímulo ao meu próprio desenvolvimento como treinador.

No meio de tudo isto, o jogo de ontem já pouco importa. O Frederico jogou simples, tacticamente fez o que tinha a fazer e aguentou as emoções extremas de ter de fechar o encontro.

Gratificante mesmo é receber centenas de mensagens de amigos, família, colegas e de pessoas que, de uma forma ou de outra, se foram cruzando connosco ao longo destes anos. A todos eles e, principalmente, aos que têm estado sempre ao nosso lado e que muito nos têm ajudado, um sentido obrigado.

Até breve!

Pedro Felner
Diretor Geral Felner Tennis Academy

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