19 dias depois de se ter qualificado para o quadro principal do Australian Open, Frederico Silva regressou esta terça-feira à competição e, apesar de não ter conseguido surpreender na estreia no ATP 250 de Melbourne, deixou boas indicações para aquele que é o grande objetivo deste arranque de temporada.
Impedido de treinar no court durante 15 dias por ter viajado num avião onde foi detetado um caso positivo à covid-19, o jogador português de 25 anos não escondeu o que sentiu no campo: “Hoje não estive tão confortável como em Doha. Sabia que, pela preparação que tive, ia ser um jogo em que ia ter sensações diferentes, mas procurei entrar determinado e na esperança de ganhar ritmo ao longo do encontro. O tipo de jogo do meu adversário, que tem serviços fortes e faz pontos curtos, não ajudou a que eu pudesse encontrar esse ritmo”, disse ao Raquetc depois de perder com Jiri Vesely.
“Sabia que o Vesely serve muito bem e que ia ser difícil quebrar-lhe o serviço, mas acho que não fiz nenhum break porque cometi alguns erros do fundo do court e não tanto por ter respondido mal. Perdi um jogo de serviço em cada set e não consegui aproveitar as poucas oportunidades que tive no serviço dele, o que acabou por ser decisivo”, concluiu sobre o duelo com o número 69 ATP.
Apesar da derrota, Frederico Silva encarou a participação no ATP 250 de Melbourne como “mais uma oportunidade para competir num torneio ATP contra um jogador com melhor ranking do que os que costumo enfrentar nos Challengers” e não escondeu o objetivo de “jogar cada vez mais torneios desta categoria.”
Agora, o tenista natural das Caldas da Rainha tem pela frente seis dias de preparação antes da estreia em quadros principais de torneios do Grand Slam. “É o torneio que me fez vir à Austrália e espero estar em melhor forma do que estive hoje. Vou aproveitar esta semana para treinar e voltar a ganhar o ritmo de que preciso para estar mais competitivo.”
