Isolado durante 15 dias, Carlos Alcaraz regressa com a melhor vitória da carreira

Aos 17 anos, Carlos Alcaraz viajou para Melbourne para disputar o primeiro quadro principal da carreira em torneios do Grand Slam, mas sofreu um duro golpe ao ser colocado em isolamento total durante duas semanas por ter viajado num avião onde foi detetado um caso positivo à covid-19. No entanto, a paragem não impediu o espanhol, nascido em 2003, de regressar em grande e esta quarta-feira o novo “menino de ouro” do ténis somou a melhor vitória da carreira.

Depois de uma primeira ronda conveniente (Attila Balazs desistiu ao quarto jogo do primeiro set) para quem tinha acabado de recuperar o direito a treinar, o número 146 do mundo venceu pela primeira vez um top 15 ATP — e fê-lo de forma muito autoritária, ao aplicar os parciais de 6-3 e 6-3 ao belga David Goffin (14.º do ranking) para chegar aos oitavos de final do Great Ocean Road Open, um dos dois ATP 250 que se jogam em Melbourne (a par da ATP Cup) na semana que antecede o Australian Open.

O encontro desta quarta-feira foi o primeiro de Alcaraz frente a um jogador do top 40 mundial, mas nem por isso o jovem espanhol se deixou intimidar.

Nascido em Múrcia e treinado pelo ex-número um mundial Juan Carlos Ferrero, já tem sob si os olhares de meio mundo, mas não parece acusar a pressão. Se há um ano começou o conturbado 2020 como 490.º classificado do ranking e a vencer dois torneios ITF na academia de Rafael Nadal, meses depois jogou quatro finais no circuito Challenger (das quais venceu três) e saltou rapidamente para outro patamar, que lhe permitiu viajar para Doha em janeiro e garantir um “bilhete” para o quadro principal do Australian Open.

A separá-lo dos primeiros quartos de final em torneios do circuito ATP, Alcaraz terá o brasileiro Thiago Monteiro, 83.º do ranking.

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