Karatsev assina reviravolta épica e faz história como não se fazia há 25 anos

Aslan Karatsev continua em estado de graça e na madrugada deste domingo deu a volta ao que parecia perdido para se qualificar para os quartos de final do Australian Open naquela que é a sua primeira participação em torneios do Grand Slam, algo que não acontecia há 25 anos, desde 1996. E o russo quer mais.

Número 114 do ranking ATP, o jogador-sensação desta edição do “Happy Slam” escreveu mais um capítulo dourado em Melbourne ao recuperar da desvantagem de dois sets a zero para derrotar o número 19 mundial, Félix Auger-Aliassime, por 3-6, 1-6, 6-3, 6-3 e 6-4 depois de 3h25.

Se nos primeiros parciais não teve armas para contrariar o ténis potente do jovem canadiano, que ficou muito perto de carimbar a primeira presença em quartos de finais de Grand Slams, a partir do terceiro Karatsev voltou a produzir o nível de jogo que fez dele a maior sensação da primeira semana e que na segunda metade de 2020 já o tinha apresentado ao mundo, em particular ao chegar a três finais consecutivas no circuito Challenger.

A vitória deste domingo foi a sétima do tenista natural de Vladikavkaz no Australian Open se contabilizados os três encontros que jogou no qualifying de Doha, há já quase um mês, e fez de Aslan Karatsev o primeiro jogador desde Alex Radulescu, em Wimbledon 1996, a chegar aos quartos de final no seu primeiro quadro principal de torneios do Grand Slam. E não só: o russo também se tornou no terceiro qualifier da história a chegar tão longe na Austrália desde o começo da Era Open, repetindo o feito de Bob Giltinan (1977) e Goran Ivanisevic (1989).

Determinado a fazer ainda mais história, o russo que tem o português Luís Lopes como preparador físico vai defrontar nos quartos de final o búlgaro Grigor Dimitrov, que derrotou Dominic Thiem por 6-4, 6-4 e 6-0 no encontro mais estranho e surpreendente da jornada.

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