Marozava e Mitu. Da parceria “por acidente” ao título no Oeiras Ladies Open

Sara Falcão/FPT

OEIRASLidziya Marozava e Andreea Mitu uniram esforços pela primeira vez em Praga, em agosto de 2020, por acidente, fizeram o “clique” e descobriram uma parceria de sucesso que este sábado, em Oeiras, conheceu um novo capítulo de ouro, com a bielorrussa e a romena a conquistarem o título de pares do Oeiras Ladies Open, ITF de 60.000 dólares que a Federação Portuguesa de Ténis organiza no Complexo Desportivo do Jamor.

A competir pela primeira vez em Portugal, Marozava e Mitu começaram o dia a derrotar Natela Dzalamidze e Valentini Grammatikopoulou, por 7-5 e 6-3, numa meia-final “em atraso” devido ao mau tempo nos primeiros dias da semana, e terminaram a derrotar Marina Melnikova e Conny Perrin na grande final, com uma reviravolta: 3-6, 6-4 e 10-3 foram os parciais “cantados” após 1h31 de encontro.

Bem dispostas e orgulhosas com o trabalho realizado nos últimos três dias, as duas experientes duplistas (Marozava ergueu o 22.º título da carreira na variante, Mitu o 25.º) revelaram-se entusiasmadas com a ligação criada em Praga, há oito meses: “É bom ter a mesma parceira durante algumas semanas, ainda melhor durante alguns meses, e estou contente por termos decidido jogar pela primeira vez lado a lado por acidente, em Praga no último ano. Estou feliz por termos feito isto e descoberto que somos boas jogadoras juntas, por isso temos de aproveitar e continuar. Este torneio é mais uma prova de que mesmo não estando no nosso melhor nível conseguimos superar-nos. Temos uma boa energia e motivamo-nos uma à outra”, explicou a bielorrussa na conferência de imprensa após a conquista do título.

Mitu, que para além do sucesso nos pares também se destacou em singulares (chegou a ser número 68 mundial em junho de 2015), concordou: “A este nível não há muitas diferenças, por isso apesar de sermos as primeiras cabeças de série tivemos sempre encontros complicados e mesmo não tendo jogado ao nosso nível conseguimos vencer e ganhar alguma confiança. Viemos aqui para ganhar jogos e vamos para Istambul com quatro jogos ganhos e mais confiança, por isso foi uma excelente semana.”

Nos últimos anos, a romena, de 29 anos e já mãe, tem tido mais alegrias nos pares, mas ainda pensa num regresso aos singulares: “Ainda estou a tentar voltar, mas por causa da pandemia não foi nem é fácil. Depois de Istambul há um torneio prize-money em Bucareste e vou jogar singulares. Depois quero tentar combinar [as duas variantes], mas não é fácil porque com o meu ranking de pares posso jogar grandes torneios, enquanto nos singulares tenho de jogar torneios mais pequenos. Vou ter de organizar muito, muito bem as coisas, mas ainda quero regressar.”

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