4 de fevereiro de 2001 foi o dia em que Roger Federer inscreveu pela primeira vez o nome na galeria de campeões do circuito ATP ao conquistar o torneio de Milão, em Itália. Passaram-se 21 anos e desde aí nunca passou tanto tempo sem vencer como agora, quando ainda não sabe se conseguirá regressar ao circuito.
Desde aquela tarde na cidade italiana, em que derrotou Julien Boutter por 6-4, 6-7(7) e 6-4, Federer quebrou recordes atrás de recordes. As conquistas foram imensas e valem-lhe um lugar entre os melhores da história do desporto, só superado em número de títulos de singulares no circuito masculino pelo norte-americano Jimmy Connors, que venceu 109 torneios.
Aparentemente inatingível há um par de décadas e mesmo há meia dúzia de anos, quando Federer interrompeu uma série de 15 anos consecutivos (2001-2015) a erguer troféus no circuito, o recorde de “Jimbo” ficou ameaçado com as conquistas de Federer a partir do “renascimento” no Australian Open de 2017: dDaí para a frente, o helvético arrecadou 15 troféus e ficou a “apenas” seis de igualar a marca histórica de Connors.
Mas o calvário de lesões em que Federer entrou desde o arranque de 2020 transformou-se no maior jejum de títulos da carreira do suíço, que não conquista um troféu de campeão há exatamente 831 dias.
Estando longe da recuperação, Federer continuará ausente do circuito nos próximos meses, pelo que o registo será suficiente para superar em duplicado o segundo maior jejum de títulos da carreira, precisamente entre a vitória em Basel 2015 e o triunfo no Australian Open de 2017. A fechar o top 3 de períodos sem ganhar surgem os 343 dias que separaram o primeiro do segundo título, em Sydney 2002.
