Em pleno clima de tensão no conflito russo-ucraniano, Daniil Medvedev rompeu a hegemonia do Big Four e tornou-se na passada segunda-feira o primeiro líder do ranking fora deste lote desde fevereiro de 2004. A proeza do moscovita não agradou a Federação Ucraniana de Ténis, que exigiu que os atletas russos sejam impedidos de participar nas provas do Grand Slam.
“Devemos deixar Medvedev jogar os torneios do ATP Tour, mas os Grand Slams pertencem à ITF. Se ele não os puder jogar, não vai continuar como número um. Não deve participar em Roland-Garros, Wimbledon e US Open”, requereu Seva Kewlysch, presidente do organismo que tutela o ténis ucraniano, numa missiva endereçada à Federação Internacional de Ténis.
A Federação Ucraniana manifesta ainda o desejo de ver a Rússia “apagada” do panorama internacional do ténis enquanto o conflito estiver aceso e segue a linha da sua maior figura: Elina Svitolina, que vai boicotar todos os atletas russos e bielorrussos enquanto estes não competirem como jogadores neutros, sem as cores e símbolos dos seus países.
Mas Kewlysch vai mais longe e, inconformado com a liderança mundial tomada por um jogador russo, reivindica que todos os atletas da Rússia e da Bielorrússia sejam banidos das competições que pertençam à ITF – os quatro torneios do Grand Slam e a Taça Davis.