Alexander Zverev viu este domingo negada a hipótese de revalidação do título de campeão do Masters 1000 de Madrid ao ser incapaz de acompanhar o ritmo de Carlos Alcaraz, que de forma autoritária somou o quinto título da carreira. O germânico condenou a ordem de jogos na capital espanhola, que o impediu de se exibir ao melhor nível.
No anterior embate das meias-finais, o embate entre Zverev e Stefanos Tsitsipas foi selecionado para a sessão noturna e terminou a horas bem tardias. Após Ons Jabeur erguer o título na Caja Mágica, o alemão e o grego entraram em ação por volta das 23h15 locais e o desfecho só se conheceu praticamente duas horas depois, quando o ponteiro já ultrapassava a 1h da madrugada.
Alexander Zverev, que logo após assegurar a presença na final ainda regressou a court para treinar, admitiu que apenas terá chegado ao hotel no início da manhã de domingo, com menos de 12 horas para preparar o derradeiro embate com Alcaraz, que se iniciou às 17h40.
“Ele jogou muito bem e não há qualquer dúvida em relação a isso. Mas também tenho a dizer que a ATP fez um trabalho muito mau durante esta semana. Há dois dias só me deitei às 4h ou 4h30, e ontem [sábado] fui para a cama às 5h20”, lamentou em conferência de imprensa logo após o desaire na final.
Sem tirar o mérito ao campeão, o jogador de Hamburgo reconhece que o rumo do encontro poderia ter sido outro: “Jogar uma final contra Carlos Alcaraz, que para mim é o melhor jogador do mundo da atualidade, no dia seguinte torna-se muito difícil. Não quero inventar desculpas, porque mesmo se estivesse fresco provavelmente não venceria hoje, mas certamente teria sido um encontro melhor. Se estou acordado às 5h, no dia seguinte estou morto.”
“Sinto-me triste pela minha exibição na final, porque poderia ter sido uma grande batalha. Não tive quaisquer chances de conseguir dar o meu melhor, e já não é a primeira vez que acontece. Em Acapulco joguei até às 5h e estive acordado até às 8h30. Acontece semana após semana e estou um bocado cansado disto”, desabafou, frustado, o número três mundial.