Prodígio Eala e vedeta Cirstea juntam-se ao melhor do ténis português no Oeiras Open 125

Alexandra Eala e Sorana Cirstea são duas das estrelas inscritas no Oeiras Open 125, o torneio combinado (ATP Challenger 125 e WTA 125) que a partir de domingo reúne, no Complexo de Ténis do Jamor, várias caras conhecidas dos circuitos mundiais e a grande maioria dos melhores tenistas portugueses da atualidade, como Henrique Rocha e as irmãs Francisca Jorge e Matilde Jorge. A organização está a cargo da Federação Portuguesa de Ténis entre os dias 13 e 20 de abril.

Com apenas 19 anos, Alexandra Eala tornou-se na mais recente estrela do circuito feminino ao atingir as meias-finais do WTA 1000 de Miami. Convidada para o quadro principal, a então número 140 mundial ultrapassou Katie Volynets, Jelena Ostapenko (25.ª e campeã de Roland-Garros em 2017), Madison Keys (5.ª e detentora do Australian Open) e Iga Swiatek (atual número dois, ex-líder e vencedora de cinco Majors) antes de perder em três sets para a norte-americana Jessica Pegula.

Treinada por Maria João Koehler enquanto a ex-tenista portuguesa fez parte dos quadros da academia de Rafael Nadal, Alexandra Eala saltou para o 73.º lugar do ranking e tornou-se na primeira tenista da história das Filipinas a chegar ao top 100 mundial.

O Oeiras Open 125 assinalará o regresso aos courts desta prodígio, que graças à subida vertiginosa na hierarquia chegará ao Jamor como uma das mais cotadas e, por consequente, entre as candidatas ao título.

A lista de inscritas é liderada pela norte-americana Katie Volynets (80.ª depois de ter sido top 60 em julho) e também conta com nomes como os da suíça Viktorija Golubic (93.ª e ex-35.ª com dois títulos WTA no currículo) e da espanhola Nuria Parrizas Diaz (111.ª e ex-45.ª), mas o mais conhecido é o da romena Sorana Cirstea.

A tenista natural de Bucareste é profissional desde 2004, venceu o primeiro de dois títulos WTA em 2008 e chegou ao 21.º posto em 2013. Atualmente, ocupa o 117.º depois de ter chegado aos quartos de final no WTA 1000 do Dubai. Cirstea é uma das mais experientes em atividade e já participou em 63 quadros de torneios do Grand Slam, com destaque para os quartos de final conseguidos em Roland-Garros 2009 e no US Open de 2023.

A representação nacional no quadro principal já está assegurada pelas irmãs Francisca Jorge (253.ª) e Matilde Jorge (277.ª), quartofinalistas de singulares e campeãs de pares há um ano.

As jogadoras naturais de Guimarães estão em Vilnius, na Lituânia, ao serviço da seleção nacional que procura a manutenção no Grupo 1 da Billie Jean King Cup.

Esta será a segunda edição do Oeiras Ladies Open como WTA 125, depois de três anos a fazer parte do circuito ITF (W60 em 2021, W80 em 2022 e W100 em 2023).

Clara Bureal (141.ª e 42.ª há menos de um ano), finalista da primeira edição, e Elisabetta Cocciaretto (89.ª depois de já ter sido 29.ª), campeã da segunda, têm regressos agendados ao Jamor, tal como a chinesa Yue Yuan (101.ª, ex-36.ª e vencedora do WTA 250 de Austin há um ano) e a ainda muito jovem andorrenha Victoria Jimenez Kasintseva (129.ª), atual detentora do Del Monte Lisboa Belém Open.

Já o torneio masculino pertence pela quarta vez nos últimos cinco anos à categoria ATP Challenger 125.

O espanhol Carlos Alcaraz inaugurou a galeria de campeões em 2021 com uma semana que o levou pela primeira vez ao top 100, depois seguiu-se o húngaro Zsombor Piros em 2023 e finalmente Francisco Comesana em 2024.

Um ano depois, o argentino (61.º ATP) é precisamente o mais cotado entre os inscritos, liderando uma lista que reúne quatro elementos do top 100: Roman Safiullin (68.º), Raphael Collignon (68.º) e Thiago Monteiro (94.º).

Jaime Faria (99.º) continua a recuperar da lesão no pé esquerdo que o obrigou a parar após a Golden Swing sul-americana, onde se destacou ao atingir os quartos de final do ATP 500 do Rio de Janeiro. O português em maior ascensão no último ano teve de abdicar do regresso ao palco onde, em maio de 2024, inaugurou o palmarés Challenger.

Henrique Rocha (204.º) é, para já, o único tenista luso assegurado num quadro principal recheado de estrelas, com destaque para Nishesh Basavareddy (108.º).

O talentoso norte-americano abriu 2025 com uma campanha quase perfeita até às meias-finais do ATP 250 de Auckland depois de começar no qualifying e chegou ao top 100 há menos de um mês, sendo esta a primeira vez que planeia competir em Portugal.

Entre a lista provisória de cabeças de série estão ainda o sérvio Dusan Lajovic (109.ª e ex-29.ª, com dois títulos ATP no currículo e uma final no Masters 1000 de Monte Carlo) e o brasileiro Thiago Seyboth Wild (111.º e ex-58.º, vencedor do ATP 250 de Santiago há cinco anos).

Elmer Moller (campeão do Braga Open em setembro), Alexander Blockx (vencedor do Indoor Oeiras Open III em janeiro), Luca van Assche (vencedor do Maia Open de 2022 meses depois de ter sido finalista em Lisboa) e Carlos Taberner (“vice” na Maia em 2020 e no Porto em 2024) também fazem parte de um elenco que fecha com Nicolai Budkov Kjaer (306.º). O norueguês de 18 anos foi número um mundial de juniores e campeão de Wimbledon em 2024 e esta época já inaugurou o palmarés Challenger.

Gastão Elias (342.º), Pedro Araújo (414.º), Tiago Pereira (415.º) e outros portugueses aguardam pelas habituais movimentações de última hora, mas também farão parte do elenco do torneio.

O Oeiras Open 125 acontece entre 13 e 20 de abril no Complexo de Ténis do Jamor, onde o acesso ao público é gratuito ao longo de toda a semana.

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