OEIRAS — Seis meses e meio após ter inaugurado o palmarés Challenger com uma semana imaculada em Braga, o dinamarquês Elmer Moller ganhou mais uma razão para ter em Portugal um país de boas memórias ao apurar-se, entre os pingos da chuva, para a final mais importante da carreira: a do Oeiras Open 125, que tal como o torneio na cidade dos arcebispos tem enfrentado várias dificuldades devido às condições climatéricas.
Este sábado, o jovem de apenas 21 anos aumentou para 5-1 o registo sobre membros do top 100 mundial ao surpreender o russo Roman Safiullin (73.º depois de já ter sido 36.º) de forma categórica, com os parciais de 6-2 e 6-4 a atestarem a naturalidade com que se bate perante adversários de maior renome — a anterior tinha sido ao serviço da seleção dinamarquesa, quando vestiu a capa de herói para selar uma eliminatória com proporções épicas na cidade de Copenhaga.
Detentor de uma das melhores esquerdas do circuito apesar de ainda nem ter chegado à elite, o mais jovem dos quatro semifinalistas dominou o encontro desde o jogo inaugural, em que assinou a primeira de quatro quebras de serviço para desarmar Safiullin e negar ao russo, finalista de um ATP 250 em Chengdu há ano e meio, a primeira final Challenger (ou superior) em terra batida.
A final no Oeiras Open 125 será a sexta e mais importante no ATP Challenger Tour, seis meses e meio após ter conquistado, em Braga, o primeiro — e único até ao momento — título no circuito secundário.
Com vantagem devido à chuva, que interrompeu a outra meia-final, Elmer Moller terá de ficar à espera para conhecer a identidade do derradeiro adversário da semana: será ou o campeão em título e primeiro cabeça de série Francisco Comesana (62.º) ou o espanhol Carlos Taberner (145.º), finalista do Maia Open em 2020 e da CT Porto Cup em 2024.
