Portugal, take 2: Cristian Garín despede-se pronto para não regressar

OEIRAS – Sete anos passaram desde que Cristian Garín, então com 20 anos, chegou ao último encontro da segunda edição do Del Monte Lisboa Belém Open. Agora, aos 28, e já depois de uma carreira de qualidade ao mais alto nível, o chileno foi feliz em Portugal e a vontade é de voltar ao bem-conhecido circuito ATP após somar o segundo título consecutivo.

“Estou muito contente. Foi uma semana dura, todos os encontros foram contra adversários difíceis. Decidi vir cá à última hora e foi a melhor decisão porque joguei bem durante toda a semana. Ontem joguei três horas, hoje foram quase mais três. Estou morto e não tenho muito tempo para recuperar, nem muita energia, mas o esforço valeu a pena”, admitiu, de sorriso rasgado, o novo campeão do Jamor, “contente por levar 100 pontos” após bater Mitchell Krueger na final.

Mesmo com todo o palmarés amealhado – antigo 17.º posto do ranking, vencedor de cinco títulos ATP (um de categoria 500) em seis finais, quartofinalita em Wimbledon (2021) e em três Masters 1000 como pontos de maior orgulho -, Garín apareceu no Oeiras Open 5 fora do lote dos pré-designados, o que atesta “o nível muito alto” do ATP Challenger Tour, sobretudo nesta altura do ano.

A prova no CIF, também na antecâmara de Roland-Garros, apareceu noutra vida do sul-americano. “Branco e negro, duas etapas muito distintas” comparando com a atualidade. “Fiz quase toda a minha carreira entre esse torneio e o daqui”, sublinha.

“Agora mais maduro e com mais idade”, Cristian Garín quer que o desfecho seja semelhante ao de 2018, temporada marcada pelo brilho no circuito secundário onde até encerrou com três troféus de empreitada. “Oxalá não regresse porque quero voltar aos ATP. Só quero voltar ao Estoril”.

Os desejos são legítimos e o chileno passa a ser um de muitos, um dos maiores talvez, que é feliz por cá antes de se situar ao mais alto nível. Isso não invalida, no entanto, as boas graças de Portugal do ex-top 20. Os elogios foram muitos, as “memórias” são ainda maiores, e a rampa de (re) lançamento está à mão de semear.

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