Henrique Rocha despede-se de Roland-Garros “muito orgulhoso com estas duas semanas”

PARISHenrique Rocha admitiu ter faltado energia para oferecer mais réplica a Alexander Bublik, mas fez um balanço positivo e sobretudo recheado de orgulho à campanha que realizou em Paris, onde se tornou no primeiro homem português da história a vencer cinco encontros num torneio do Grand Slam para chegar à terceira ronda do quadro principal de Roland-Garros.

“Agora que já passou uma horinha já consegui digerir melhor, avaliei o que fiz e o que não fiz no encontro e já consigo ver de fora e ficar orgulhoso de mim próprio por estas duas semanas”, explicou o jovem de apenas 21 anos depois de perder por 7-5, 6-1 e 6-2 com o cazaque, top 20 há um ano e já com quatro títulos ATP no currículo.

“Sinto-me muito orgulhoso de sair daqui a jogar o meu melhor ténis. Senti que consegui evoluir muito o meu nível, mesmo a treinar, e tudo correu melhor [em relação às semanas anteriores], por isso tenho de estar orgulhoso”, continuou já depois de ter reconhecido que este sábado não foi capaz de estar ao nível das exibições anteriores.

“O primeiro set foi taco a taco e houve vários momentos em que senti que consegui causar-lhe algum desconforto. Estava a servir bastante bem e isso deu-me algum alívio, mas ele nunca me deu muito ritmo e eu sou um jogador que precisa desse ritmo para me sentir bem e ter aquela energia”, reconheceu Rocha, que se tornou no mais novo — e menos experiente — dos quatro homems portugueses que jogaram terceiras rondas em torneios do Grand Slam.

E concluiu: “De facto, hoje não consegui encontrar essa energia que tive nas outras rondas. No segundo set as coisas mudaram, ele começou a ser mais agressivo e jogou bastante melhor. Foi mais mental do que físico, principalmente a partir do meio do segundo set. Era um encontro que exigia estar ainda mais disponível mentalmente, mas a partir daí comecei a falhar um bocadinho mais. Ainda tentei voltar ao jogo e a encontrar as minhas referências, mas tornou-se difícil. Nunca tinha jogado cinco sets e joguei dois seguidos, são tudo experiências novas e nunca ninguém nasceu ensinado por isso o mais importante é ir para o próximo torneio à procura de continuar a evoluir.”

Com Wimbledon no horizonte, o calendário do portuense inclui apenas dois torneios em terra batida (os Challengers de Bratislava, onde foi finalista há um ano, e Poznan), pelo que deverá chegar à relva sem adaptação à superfície.

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