Sem singulares, Matilde Jorge agarra-se ao “chip de competição” de pares rumo à semana decisiva

João Mendes/Eupago Porto Open

PORTO – Foi um dia parcialmente vitorioso no WTA 125 Eupago Porto Open para Matilde Jorge, eliminada na segunda ronda de singulares e apurada para os quartos de final de pares ao lado da irmã mais velha. Chamada a refletir essencialmente sobre o duelo individual, a vimaranense de 21 anos explicou o que falhou e vê como uma benesse manter-se em prova para atacar semana decisiva na Figueira da Foz.

Após ameaçar a recuperação diante de Xinyu Gao, quarta cabeça de série, a número dois nacional deu especial ênfase ao início à infância do parcial derradeiro. “Ela entrou bastante sólida. O primeiro jogo foi muito duro, com várias vantagens, e devia ter aproveitado para ser determinante. Isso deu-lhe vida para o resto do terceiro set. Comecei a falhar mais, ela ficou mais por cima, e no geral houve muitos pontos que falhei muito cedo. Perdi qualidade nas bolas mais afastadas e senti que não consegui colocá-la em dificuldade, ela nunca ficou muito desconfortável”, resumiu. em conferência de imprensa posterior ao sucesso a fechar a jornada.

Agora, segue-se o Figueira da Foz Ladies Open, torneio um pouco mais baixo (ITF W100), mas que serve de rampa final para somar pontos rumo ao US Open – a concretizar-se será o primeiro Grand Slam da carreira de Matilde Jorge e a atual 257.ª da tabela WTA (deverá ascender cerca de 13 lugares por ter ganho uma ronda no Complexo Desportivo do Monte Aventino) necessita de cerca de 25 pontos para viajar para Nova Iorque. Por isso, permanecer no Porto a competir na variante de pares é positivo para “continuar com o chip da competição”.

E, quem sabe, amealhar um terceiro troféu WTA 125 ao lado da irmã Francisca Jorge, com quem venceu as últimas duas edições do Oeiras Ladies Open. Mais um triunfo na competição também a poderá colocar no top 100 coletivo pela primeira vez. Tudo objetivos secundários, sim, só que igualmente enriquecedores.

As boas prestações nos pares e nos singulares – na época passada atingiu os quartos de final no Jamor – em provas desta estirpe fazem com que olhe para outros palcos, mesmo que esporadicamente. “Portugal está a crescer e ainda temos mais um WTA nas Caldas [Caldas da Rainha Ladies Open de setembro]. Sinto que os torneios em Portugal estão a subir a categoria e é sempre de aproveitar. Mas se continuar a subir no ranking devemos arriscar mais. Os [ITF W] 50 ainda estão no meu nível, mas faz sentido em algumas semanas picar um torneio mais alto”.

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