A pressão existe, mas Francisca Jorge não a afasta: o ‘match point’ da semana serve de “motivação”

Beatriz Ruivo/FPT

FIGUEIRA DA FOZ – Paralelamente à competição propriamente dita numa prova do gabarito do Figueira da Foz ladies Open, esta semana é fulcral para várias jogadoras ainda a fazer contas para ingressar no derradeiro Grand Slam da temporada. Uma delas é Francisca Jorge, sem fugir ao desafio e agora, ao avançar para a segunda ronda, cada vez mais próxima da linha de meta.

Esta terça-feira, a número um nacional seguiu para a segunda eliminatória depois da suíça Celine Naef, primeira cabeça de série, desistir no terceiro set quando a vimaranense de 25 anos liderava por 4-1. O sorteio madrasto acabou por se transformar num atalho, ainda que a mais cotada do certame tenha dado sempre a entender estar ao alcance de Francisca Jorge. “Foi difícil, as condições também estavam bastante agrestes, estava bastante vento. Acho que estávamos as duas um pouco a tentar perceber o que fazer no primeiro set e eu não entrei muito bem. Senti que podia ganhar da forma como estavam as condições, só que era um osso duro de roer. Não acabou da melhor forma, ela claramente estava tocada nas costas. Mas acho que também fiz por isso”.

“Estou-me a sentir bem em campo, o que já é bastante positivo, semana passada foi difícil e é bom já não me sentir doente, já me sentir capaz para estar no jogo e lutar pelo jogo”, comentou em conferência de imprensa ainda antes da primeira ronda de pares. E as boas sensações são úteis quando há uma meta para atingir com deadline no final do presente torneio: somar pontos para entrar no qualifyng do US Open.

Francisca Jorge está ciente de tudo o que está em jogo e não foge da pressão, ainda que tenha admitido que a entrada nervosa no embate possa tenha surgido de todos esses pensamentos. “Tenho vindo a saber lidar melhor com estes momentos. O mais importante é ir jogo a jogo. Tenho isso consciente, sem dúvida, mas está guardado, está fechado para não ser uma coisa negativa, mas sim uma motivação. Ou seja, está presente e tenho de direcionar a mente para as coisas certas”. E nem o facto de saber que a sorte a tinha cruzado com a primeira cabeça de série do torneio – num sorteio ‘orquestrado’ pela irmã Matilde Jorge – e com uma das favoritas ao título pela segunda semana consecutiva (no WTA 125 Eupago Porto Open cedeu na ronda inaugural face à eventual campeã Tereza Valentova) a demoveu do espírito certo.

De regresso a um torneio do agrado e de boas memórias – foi aqui, há dois anos, que atingiu a meia-final mais importante do palmarés, feito igualado nas Caldas da Rainha em setembro passado -, Francisca Jorge está pronta para reentrar nos maiores palcos. Vai precisar de, pelo menos, mais um êxito e provavelmente só repetir 2023 assegura o objetivo. Nada que a assuste.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Total
0
Share
Vista geral sobre privacidade

Este website utiliza cookies para fornecer a melhor experiência de navegação. As informações são guardadas no seu browser e permitem reconhecer o seu regresso ao website, bem como ajudar a nossa equipa a perceber que secções acha mais úteis e interessantes.