FIGUEIRA DA FOZ – A dupla missão Porto-Figueira da Foz não correu como esperado a Matilde Jorge e a número dois nacional não conseguiu amealhar pontos suficiente para se estrear numa prova do Grand Slam. No ténis, como na vida, o passado já lá vai e se o grande foco está nos grandes palcos da modalidade, o seguinte ao US Open só aparece em 2026, na Austrália, pelo que é precisamente para lá que se dirigem todas as forças da portuguesa de 21 anos.
“Quero muito chegar aos Grand Slams, é um objetivo claro. Simplesmente não queria estar a depender disso como se fosse isso ou nada. Quero dar tudo de mim para começar o próximo ano a jogar a Austrália, só que não quero ter o mindset de se não conseguir estar tudo mal. Quero pensar nas coisas que posso controlar e fazê-las bem para lá chegar”, esclareceu em conferência de imprensa após ceder na primeira ronda do Figueira da Foz Ladies Open.
Apesar de ter somado apenas um triunfo nas duas semanas decisivas, Matilde Jorge não culpa a mente pelo sucedido. “Não estava mesmo de todo a pensar no US Open. Se estivesse ia desestabilizar-me mais, ia estar a jogar pelos pontos e pelo resultado. [O US Open] Pesou mais no final do encontro, não durante”.
Sobre a derrota, Jorge falou das “condições difíceis” pelo forte vento que se fez sentir, mas foi pronta a admitir que as mesmas eram iguais “para os dois lados”. E lamentou não ter passado para a frente do marcador a 5-5 do primeiro parcial quando não aproveitou o facto de estar a favor do vento para fazer a diferença. No segundo set, sobretudo após o 3-2, deixou “que o vento pesasse e lutei comigo mesma, não estive presente para competir”.