PORTO – Ainda não é desta que Henrique Rocha vai atingir uma meia-final num Challenger em Portugal. O número três nacional (176.º ATP) sucumbiu pela terceira vez em três duelos este ano contra o espanhol Alejandro Moro Canas (257.º), neste caso pelos parciais de 6-3 e 6-2.
Depois das meias-finais de Tenerife e da primeira ronda do Oeiras Open 125, o madrileno de 24 anos voltou a bater o portuense de 21 e nem sequer perdeu o serviço ao longo dos 86 minutos de embate, salvando cinco break points no segundo set, dois deles quando serviu para arrumar o encontro.
Finalista deste torneio na época passada, o espanhol sabe bem o que é ter sucesso no nosso país, até porque venceu o primeiro título profissional da carreira em Idanha-a-Nova, em 2021, e chegou ainda às finais na Beloura (2021) e Vale do Lobo (2022). Para regressar à final no Complexo Desportivo do Monte Aventino vai ter de superar ou o italiano Francesco Maestrelli, sexto cabeça de série, ou o francês Antoine Escoffier.
Rocha, quinto pré-designado, nunca tomou as rédeas do duelo e ficou sempre à mercê de Moro Canas. O tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis disparou poucos winners, não sentiu de todo a direita, trave-mestra do seu arsenal, e viu o seu opositor ser o mais agressivo logo a partir do sentido posicional. Mais vezes dentro do campo, Moro Canas silenciou os presentes ao ser o mais afoito e usou a esquerda paralela na perfeição, bem como a direita cruzada, para tirar o português dos padrões preferenciais. Ainda por cima, o tenista luso não serviu como certamente desejava e apenas colocou 51% de primeiros serviços.
A 27.ª edição do Eupago Porto Open, quinta como prova do ATP Challenger Tour, fica assim sem jogadores portugueses e ainda não é desta que o regresso do circuito secundário à cidade do Porto vai coroar um campeão nacional.