Amor ao Porto une-os, mas só um vai levar título como prova: Maestrelli e Echargui fecham trilogia

Pedro Loureiro/Eupago Porto Open

PORTO – Francesco Maestrelli e Moez Echargui fecham este domingo a 27.ª edição do Eupago Porto Open. Um italiano, o outro tunisino e aparentemente só mais dois tenistas internacionais a passar por Portugal como trampolim para outros objetivos. Mas tanto um como o outro fizeram juaras de amor à cidade invicta. Os dois conhecidos – o africano treina em Milão há alguns anos e até fala italiano – querem o título como lembrança de mais uma boa passagem pelo Porto.

Maestrelli vai para a sétima final Challenger da carreira (saldo de 3-3) e terceira da temporada (2-0), Echargui nunca antes jogou uma decisão no circuito secundário e aos 32 anos terá o momento mais solene da carreira. A partir das 11 horas no Complexo Desportivo do Monte Aventino.

Ambos os finalistas têm uma paixão especial pelo Porto e viveram dias dourados na cidade invicta. O italiano elegeu-a como destino para a primeira — e única, até ao momento — viagem romântica com a namorada, há dois anos. O tunisino visitou-a pela primeira vez no ano passado e de imediato decidiu que teria de aproveitar todas as oportunidades seguintes para regressar, tendo feito uma declaração de amor à localidade e ao público depois da vitória deste sábado.

“É uma cidade grande, mas ao mesmo tempo pequena. Consegues ver tudo facilmente, é uma ótima cidade e gosto muito de vir cá”, revelou Maestrelli antes de explicar o que o trouxe à invicta em primeiro lugar: “Vivo em Pisa e vi que havia um voo direto e barato até cá, por isso pesquisámos e ficámos muito agradados.”

Já Echargui gosta de desligar do ténis quando sai dos clubes e ficou apaixonado com todos os passeios que consegue dar por cá. “Vou sempre dar uma volta com o meu treinador, é disso que mais gosto no circuito e o Porto é uma cidade incrível para passear. Quando a descobri disse logo que tinha de voltar. Também tem muitos restaurantes e gosto de experimentar comidas diferentes, por isso é perfeito.”

E se é verdade que o transalpino tem em jogo o maior troféu (categoria 100) e primeiro título Challenger em hard courts em jogo, não há como negar que para o tenista mais velho (32 para 22 anos) a final do Eupago Porto Open tem tudo para ser mais especial por se tratar da primeira no ATP Challenger Tour. E não deixa de ser irónico que um tenista só com títulos em Monastir (13) possa vencer o mais troféu noutro país. Ainda que o próprio tenha uma explicação de conforto para isso.

“Foi o meu sexto encontro desde que comecei no qualifying e o ambiente tem sido incrível. Sinto-me a jogar em casa. Tenho uma ligação com o público, com a cidade, com o país. Espero que amanhã consiga voltar a vencer”, admitiu. “Para mim é muito importante sentir-me bem-vindo e à vontade e aqui são todos muito simpáticos e acolhedores. O torneio é incrível, temos ótimas condições.”

O frente a frente de conclusão de três semanas intensas de Eupago Porto Open (WTA 125, ITF M25 e agora ATP Challenger 100) disputa-se entre juras de amor e histórias marcantes. Francesco Maestrelli e Moez Echargui querem fechar o forte sentimento a sete chaves, de título na mão.

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