PORTO — Henrique Rocha acusou a mudança transatlântica e foi eliminado na primeira ronda da CT Porto Cup, o torneio Challenger que queria utilizar para inverter a tendência e no qual acabou por ceder ao cansaço físico e psicológico apenas quatro dias depois da eliminação na ronda de acesso ao quadro principal do US Open.
“Não estava a sentir-me muito bem a jogar, mas tinha noção disso antes do encontro e sabia que não ia ter as melhores sensações por ter começado há pouco tempo a treinar em terra batida”, começou por admitir na conferência de imprensa de balanço à derrota para Mika Brunold. “Não foi tanto o jetlag, mas sim uma junção de várias coisas. Nas últimas semanas senti-me a jogar bem, mas tive encontros muito emocionais e muito longos e o cansaço veio desses encontros. Não é só o cansaço físico, mas também o cansaço mental e juntando tudo acabou por notar-se bastante.”
Aos 21 anos, Henrique Rocha sabe que ainda não consegue apresentar sempre o mesmo rendimento independentemente do nível dos torneios e também por isso quis fazer o esforço de viajar de Nova Iorque até ao Porto a tempo de competir neste torneio: “A minha decisão também passou por isso, queria mudar essas quebras que costumo ter e é algo que vou continuar a fazer força para mudar. Não sei se será já da próxima vez ou não, mas quanto mais cedo melhor e estou a tentar ao máximo.”
A próxima oportunidade será já em Sevilha, na próxima semana, antes de enfrentar nova viagem transatlântica para representar Portugal na eliminatória da Taça Davis em Lima, no Perú.