LISBOA — Henrique Rocha deixou para trás a visita desapontante ao Peru e entrou a ganhar no Lisboa Belém Open, onde precisou de superar “um nervosismo extra” para vencer o compatriota Pedro Araújo e voltar a avançar no palco onde há um ano alcançou pela primeira vez os quartos de final de um torneio Challenger em solo nacional.
“[Contra um português] nunca é um jogo fácil. Conhecemos mais as respetivas fraquezas e hoje também estava um bocadinho de vento e uma mistura de sombra com sol que não ajudam a que o encontro seja propriamente limpo. Acima de tudo, tentei explorar o serviço dele, que diria que é o ponto mais fraco. No que me toca, estava mais nervoso no início, mas fui-me sentindo melhor à medida que o encontro decorreu e no final do segundo set já estava com melhores sensações e a jogar melhor”, explicou na derradeira conferência de imprensa de segunda-feira.
O encontro no CIF foi o terceiro entre Rocha e Araújo, mas o primeiro em dois anos e também o primeiro em pó de tijolo. “É difícil comparar este encontro com os de há dois anos porque ambos melhorámos em diferentes aspetos, mas de facto hoje consegui ser mais superior do que nesse encontro do [Campeonato] Nacional [em novembro de 2023, cinco meses após o embate em Setúbal]. Seja por ser numa superfície diferente, ou simplesmente porque se calhar estava com mais peso de bola ea. conseguir fazê-la picar mais e a movimentá-lo mais. Mas acima de tudo pela questão da resposta, consegui encontrar um bom momentum no final e passei a ser mais agressivo, o que fez com que o resto se desenrolasse.”
O Lisboa Belém Open assinala o regresso de Henrique Rocha à competição depois de uma semana de adaptação e treinos que se seguiu à viagem ao Peru, onde ficou de fora das opções do selecionador Rui Machado para a eliminatória que Portugal perdeu por 3-1 com o conjunto sul-americano.
Apesar de ser o autor do melhor triunfo da história da seleção nacional (exatamente um ano antes tornou-se no primeiro a derrotar um top 10 com as cores do país ao peito ao surpreender Casper Ruud na Noruega), o jovem de 20 anos explicou que “a semana de treinos não foi a ideal porque não estava a sentir-me muito bem”, razão pela qual não ficou particularmente surpreendido com o lançamento de Jaime Faria a jogo: “Estamos num nível muito parecido e diria que ele se calhar estava um bocadinho melhor do que eu e essa foi a principal razão para ir a jogo.”