Entre êxitos, Tiago Torres pensa “a longo prazo” e quer tornar-se “uma besta fisicamente”

Eduardo Oliveira/FPT

BRAGATiago Torres está a ter resultados no imediato, mas tem os olhos no futuro e é na evolução como jogador que está focado, ainda que as vitórias e metas que tem superado o façam sorrir mais até do que o previsto neste início de carreira como tenista a tempo inteiro.

Esta segunda-feira, em Braga, o jovem de 23 anos celebrou um apuramento para o quadro principal pela terceira vez em quatro torneios Challenger disputados desde que voltou dos Estados Unidos da América.

Foi um feito de que “não estava muito à espera” depois de “duas semanas que não correram da maneira que esperava” e também porque “as expetativas” — esse grande inimigo de qualquer atleta de alta competição — aumentaram com as recentes campanhas na cidade invicta e o fizeram ter um certo choque com a realidade no ITF M25 de Setúbal, onde não foi além da primeira ronda depois de ter brilhado em dois torneios Challenger no Porto.

Mas não só. Na base das dúvidas que sentiu esteve também a muito exigente vitória de domingo em Braga, onde teve de lutar durante mais de três horas e salvar três match points para vencer depois de três tie-breaks contra o suíço Alexander Ritschard. “Estava muito cansado, muito cansado mesmo. Hoje quando entrei no campo senti-me muito pesado durante o aquecimento, já não fazia um encontro com mais de três horas há muito tempo e não foram só três horas físicas, foram três horas muito mentais. Foi um encontro que estive muito perto de perder, portanto foi muito emotivo e hoje de manhã acordei a sentir-me muito pesado. Mas depois foquei-me e de repente senti-me muito melhor do que ontem, o que é muito estranho.”

“Não sei explicar, mas de repente senti-me muito mais à vontade do que ontem. O espírito de sacrifício, a raça, a vontade de querer mais e de querer ganhar a um belíssimo jogador que já foi top 100… foi tudo um pouco”, acrescentou com a descontração que o caracteriza.

A recompensa foi aquela que Torres não hesitou em descrever como “claramente a melhor vitória da carreira não em termos de jogo, mas de nome [do adversário] porque ele continua a ser um excelente jogador e acaba de fazer quartos de final no CIF“, razão mais do que suficiente para voltar a celebrar, ainda que o foco do recém-licenciado em Gestão esteja mais à frente.

“O objetivo que eu tenho traçado é continuar a trabalhar e não pensar no presente, mas sim no futuro. Obviamente quero os melhores resultados possíveis no presente, mas o meu objetivo não é ser agora o melhor Tiago, é daqui a seis meses ou um ano estar melhor fisicamente, melhor mentalmente e melhor tenisticamente. No início do ano tive uma relativamente grave, agora estou há algum tempo sem problemas e tenho de continuar a trabalhar bem para mais tarde poder estar uma besta fisicamente e tenisticamente muito melhor”, rematou.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Total
0
Share
Vista geral sobre privacidade

Este website utiliza cookies para fornecer a melhor experiência de navegação. As informações são guardadas no seu browser e permitem reconhecer o seu regresso ao website, bem como ajudar a nossa equipa a perceber que secções acha mais úteis e interessantes.