VALE DO LOBO – Tiago Torres (779.º ATP) precisou de 2h17 e sobreviveu a dores no pescoço, mas prevaleceu com os parciais de 5-7, 6-2 e 6-3 diante de José Freitas (1986.º) para avançar para a segunda ronda do Vale do Lobo Open 3.
Originalmente escalonado para defrontar o experiente Gastão Elias, Tiago Torres passou ao papel de favorito no duelo com o lucky loser luso de 19 anos e não pareceu lidar com a pressão da melhor forma. Mesmo apesar do melhor arranque, o número nove nacional desperdiçou uma vantagem de 5-3 no primeiro set através de uma catadupa de erros não forçados.
No entanto, reagrupou-se e com um break madrugador no segundo parcial nunca mais largou o ascendente, mesmo que tenha necessitado de algumas intervenções do fisioterapeuta à zona do pescoço. No terceiro set, ainda viu o aguerrido compatriota encurtar duas vezes a desvantagem (4-1 e 5-2) de duplo break, mas com um sétimo jogo na resposta fechou o embate com bastante alívio no semblante.
Esta terça-feira, se as dores o permitirem, Tiago Torres ainda vai regressar ao court ao lado de João Graça – contra os também portugueses João Domingues e Gonçalo Marques -, só que o maior foco deverá estar em recuperar para a segunda ronda de quinta-feira, ou diante do ucraniano Georgii Kravchenko, finalista neste mesmo palco da prova do passado domingo, ou face ao espanhol Alberto Barroso Campos.
“Soube meia-hora antes [da mudança de adversário]. Tentei mudar o padrão de jogo, felizmente consegui a vitória, mas há certas coisas que podiam estar melhores. Tenho tentado ser mais ofensivo, não ficar tão atrás, e sinto que hoje estava a ser demasiado ofensivo, quase na loucura, mais do que era suposto e mais do que o meu estilo de jogo. As coisas não estavam a sair como queria, foi um dia complicado, a meio do terceiro set ainda fiz um torcicolo. Mas fui maduro e estive bem mentalmente”, analisou no rescaldo.