MAIA — 158 encontros depois, a longa época de Tiago Pereira chegou ao fim com a conquista do desejado primeiro título de pares no circuito Challenger. Uma semana dourada na Maia deu o final feliz ao ano que catapultou o jovem algarvio para novos patamares e na despedida a 2025 não faltaram palavras de emoção.
“É um título que significa muito, especialmente por ser aqui na Maia. Hoje foi quase como jogar em casa, esteve muito cheio e nos momentos mais importantes o público esteve sempre a puxar por nós e acredito que seja uma das razões pelas quais conseguimos ganhar”, afirmou o algarvio, com um sorriso de orelha a orelha, na última conferência de imprensa antes das férias.
O título conquistado ao lado do amigo Alexander Donski foi conseguido às custas dos primeiros cabeças de série, o francês Theo Arribage (campeão em título com Francisco Cabral) e o croata Nino Serdarusic, e o português e o búlgaro já tinham deixado pelo caminho os segundos e os terceiros pré-designados.
Uma campanha tornada ainda mais especial pelo olhar atento do pai e treinador, o ex-jogador Pedro Pereira, que nos encontros de pares trocou o lugar no banco das equipas técnicas por um mais recatado na bancada.
“Temos uma relação muito boa, com as nossas discussões dentro do campo como qualquer jogador e treinador têm, mas que fora do campo é de um pai e de um filho que gostam muito um do outro”, explicou Tiago Pereira já depois de, ainda no court, ter acusado na voz a emoção de dirigir-se ao progenitor para fazer os primeiros agradecimentos.
“É uma relação muito forte nesse aspeto e fico muito feliz de poder partilhar estes momentos com ele porque sei que também significa bastante para ele. É um prazer enorme fazer esta caminhada com o meu pai como treinador e a apostar tanto em mim, deixa-me sem palavras. Sou-lhe mesmo muito grato”, acrescentou o jovem algarvio.
A semana na Maia elevou para 158 o número de encontros disputados por Tiago Pereira durante um ano de 2025 que recordará para sempre: 95 em singulares (54 vitórias, 41 derrotas e um título em sete finais da categoria ITF M25) e 63 em pares (35 vitórias, 28 derrotas e três títulos, o Maia Open bem superior aos ITF M25 ganhos na Quinta do Lago e em Monastir).
Como cereja no topo do bolo, o ranking final de pares (181.º) será o melhor da carreira e o de singulares (266.º) ficará a apenas seis degraus do que ocupou na semana antes de viajar para a Maia.