OEIRAS — Ainda não foi desta que Jaime Faria colocou as mãos no troféu de campeão nacional absoluto, mas a derrota nas meias-finais em pleno Complexo de Ténis do Jamor, onde ao mesmo tempo está a preparar a nova temporada, foi rapidamente relativizada pelo número dois português, com objetivos maiores a poucos dias de atravessar o globo para começar 2026 na Austrália.
“Foi um encontro difícil, qualquer encontro que não consiga fechar depois de ter match points é muito difícil de digerir, mas tenho muitas coisas positivas a retirar e mesmo as negativas servem para melhorar e levar como aprendizagens”, explicou após a derrota em três sets para Francisco Rocha na tarde deste sábado.
“Não era um encontro fácil de jogar até porque estava um amigo meu do outro lado da rede e há nuances com que não é fácil de lidar, mas acho que não estive mal quando passei por momentos difíceis. Recuperei o meu nível, puxei por mim e faz tudo parte do processo. Ele esteve bem, conseguiu subir o nível quando tinha de subir e está de parabéns“, acrescentou.
Depois de tecer elogios à qualidade da resposta ao serviço apresentada pelo adversário portuense de 2025, Jaime Faria voltou a fazer uma breve reflexão da temporada que agora chegou, finalmente, ao fim: “Não é surpresa que os últimos meses não foram fáceis, já não ando a competir bem há muito tempo e esta foi a primeira vez nos últimos três meses que ganhei encontros seguidos. Não é fácil, mas é o que eu digo, tenho de aprender e perceber que este não é o meu melhor momento competitivo, por isso tenho de saber relativizar as coisas e não me mandar super abaixo. Não é o momento para estar em forma, estou a meio da pré-época.”
Nesse sentido, o foco está no que se segue, a entrada em 2026 e a viagem até à Austrália para regressar ao local onde foi muito feliz no arranque de 2025 e que é, em parte, responsável pelos cerca de 200 pontos que defende entre janeiro e fevereiro: “É mais fácil jogar bem num sítio onde já o fiz e no ano passado não ia com muitas expetativas e correu bem, por isso quero organizar as ideias e melhorar o que tenho a melhorar em competição. É verdade que tenho muitos pontos a defender neste início do ano e não há que o esconder. É difícil de lidar com isso, mas tivesse ganho mais pontos no final do ano. Agora é olhar para o ano inteiro e tentar fazer 500 ou 600 pontos que é o que é preciso para estar no top 100, é o meu objetivo e o nível a que acho que consigo chegar. Se vou conseguir, não sei, mas vou dar o meu melhor.”