Roma é um ATP Masters 1000 e um WTA 1000, mas entrega prize-money 60% mais pequeno às mulheres

Para além de ser um dos mais históricos (este ano realiza-se a 79.ª edição), o Internazionali BNL d’Italia também é considerado um dos melhores torneios do mundo, mas em 2022 os primeiros dias do prestigiado torneio de Roma — um ATP Masters 1000 e WTA 1000 combinado — ficaram marcados pela discussão em torno da enorme discrepância de prize-money entre os homens e as mulheres.

No quadro masculino, o ATP Masters 1000 de Roma tem um total de 6.008.725 € para distribuir, com 836.355€ reservados ao campeão.

Já no quadro feminino, o WTA 1000 de Roma apenas distribui 2.398.638 € pelas jogadoras, com 332.260€ entregues à campeã.

As contas são simples de fazer: o prize-money do quadro feminino equivale a apenas 39,92% do prize-money do quadro masculino, enquanto a campeã do WTA 1000 receberá 39,72% do valor reservado ao campeão do ATP Masters 1000.

A assinalar há o facto de o Internazionali BNL d’Italia ser um “falso” WTA 1000, uma vez que atribui apenas 900 pontos à campeã — o rebranding do circuito feminino foi anunciado no final de 2020 e utiliza categorias semelhantes às do circuito masculino para facilitar a compreensão, mas apesar de passarem a ser comunicados como WTA 1000, os torneios desta categoria mantiveram o estatuto e o prize-money das categorias anteriores (Premier Mandatory e Premier 5).

Situação bem diferente viveu-se no Mutua Madrid Open da última semana. O maior torneio de Espanha é um ATP Masters 1000 e um “verdadeiro” WTA 1000 (era um Premier Mandatory, a par de Indian Wells, Miami e Pequim) e, para além de 1000 pontos para ambos os campeões, premiou cada um com um chegue de 1.041.570€, replicando a igualdade de prémios monetários em todas as rondas.

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