Marin Cilic é, a partir desta segunda-feira, um dos cinco homens no ativo a celebrarem pelo menos 30 vitórias em cada um dos quatro torneios do Grand Slam. Os outros? Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray.
Para se juntar a este grupo de elite, realizou uma exibição de elite: 6-2, 6-3 e 6-2 foram os parciais com que o croata banalizou o número dois mundial, Daniil Medvedev, que apesar de — como ele — estar longe de ter a terra batida como superfície favorita, tinha impressionado na primeira semana em Roland-Garros.
O encontro que encerrou a jornada desta segunda-feira foi curto (1h45) e totalmente dominado por Cilic, que não enfrentou qualquer ponto de break e converteu cinco dos sete que converteu, para além de ter disparado 33 winners — mais do dobro em relação a Medvedev. Mas a melhor forma de o descrever é citando o croata nascido na Bósnia, que o classificou como “uma das melhores exibições da carreira”.
Não era uma hipérbole, foi mesmo. Digna da quinzena em que Marin Cilic ganhou o US Open (2014), ou de quando atingiu as finais de Wimbledon (2017) e do Australian Open (2018), este último no ano em que foi uma peça fundamental na vitória do país na Taça Davis, a última disputada no final tradicional.
Porque Cilic sente-se fresco, pronto para jogar “pelo menos mais três ou quatro anos se continuar assim”, embalado por um médico que lhe disse que tem “corpo de 25 anos” e um ténis que, após um par de anos mais difíceis, voltou a colocá-lo entre os melhores do mundo: é o 23.º do ranking e com a campanha em Paris já assegurou o regresso ao top 20 pela primeira vez em quase três anos.
2022 é o terceiro ano em que atinge os quartos de final de Roland-Garros (já o tinha conseguido em 2017 e 2018) e a separá-lo de umas inéditas meias-finais em Paris estará um jogador que até derrotou no último torneio do Grand Slam: o russo Andrey Rublev, que beneficiou da desistência de Jannik Sinner quando já liderava por 1-6, 6-4 e 2-0.