A tarefa parecia estar a correr de feição para Alejandro Davidovich-Fokina (29.º) o bilhete de apuramento para os quartos de final do ATP 500 do Dubai estava à beira de se consumar. O espanhol não poderia ter estado mais próximo de tombar o segundo pré-designado e campeão em título Andrey Rublev (6.º), mas o moscovita encontrou forças quando menos se esperava e inverteu por completo o cenário.
Depois de um primeiro set de sentido único, o jogador de Málaga chegou a dispor de uma folgada margem no tie-break do segundo. Posicionou-se para fechar a contenda a seu favor e teve nas suas mãos cinco match points consecutivos, mas Rublev escapou ‘entre a espada e a parede’ para ao fim de duas horas e meia consumar a dramática reviravolta, por 1-6, 7-6 (6) e 7-6 (3).
Foi num ápice que Davidovich-Fokina tomou a liderança do duelo e com uma entrada de rompante teve o embalo necessário para encerrar o primeiro parcial de forma bem autoritária. Sem grande margem para errar, Rublev não encontrou as ferramentas suficientes para abalar a igualdade e foi num tie-break que passou do pesadelo ao sonho que o fez renascer a esperança.
Anulados cinco oportunidades de ouro para o lado do oponente, o jogador de Moscovo fez o que parecia impossível e sete pontos conquistados de forma seguida deram-lhe a confiança suficiente para restaurar as energias. Todavia, o derradeiro parcial também ficou pautado pelo ritmo balanceado e a igualdade só foi novamente violada no tira teimas: desta feita o cenário foi bem distinto e a eficácia caiu para o mesmo lado.
Ressurgidas as aspirações de Andrey Rublev numa prova onde procura defender o título conquistado na edição passada e em que é o teórico favorito da metade inferior a chegar à final, o próximo obstáculo a aparecer no seu caminho é o neerlandês Botic van de Zandschulp (33.º).
