Com os pés bem assentes no chão, Sevastova afirma que não pensa em Singapura

A letã Anastasija Sevastova, uma das grandes estrelas do ténis do seu país, chega ao confronto deste domingo com a russa Maria Sharapova (segundo encontro do dia no Arthur Ashe Stadium) sem qualquer set perdido até ao momento em Flushing Meadows. Para trás já ficaram Carina Witthoeft, Kateryna Kozlova e Donna Vekic.

Aos 27 anos, Sevastova está a realizar a melhor época da carreira e desvendou a receita que está na base de um ano desportivo de 2017 em que já conquistou o torneio de Maiorca, tendo sido ainda semifinalista no Dubai e em Madrid.

“Começo todos os anos com o pensamento de que tenho zero pontos. Não penso que numa semana vou perder 100 pontos alusivos ao ano anterior, ou 500 na próxima. Começa tudo do zero para mim”, afirmou a 17.ª classificada do ranking, em declarações ao website da WTA.

Sevastova, uma antiga campeã do extinto Portugal Open (2010), chegou aos quartos de final na edição do ano passado do US Open, estando ainda em aberto a possibilidade de igualar (ou até superar) a prestação de 2016. “Tenho a noção que joguei bem aqui no ano passado, pelo que posso fazê-lo novamente este ano. Não penso nos pontos, mas a verdade é que todas as rondas são difíceis”, alertou.

Steffi Graf e Andre Agassi, dois dos maiores nomes da história da modalidade, são os ídolos de infância de Anastasija Sevastova, uma tenista que já deu provas de ser uma jogadora “todo-o-terreno”.

“Sempre pensei que fosse na terra batida que teria os melhores resultados em torneios do Grand Slam, mas diga-se que também foi naquela superfície que depositei sempre grandes expectativas. Mas gosto de jogar aqui [em Nova Iorque], os courts são rápidos e eu movimento-me muito bem, jogando com o meu slice e respondendo bem ao serviço”, esclareceu.

As três vitórias já alcançadas esta semana colocam Sevastova no 12.º lugar na corrida ao Masters de Singapura. Mas a letã, com os pés bem assentes no chão, é modesta nas suas aspirações. “Não penso em Singapura e talvez já fique feliz com Zhuhai. Ainda há muitos pontos em jogo e, além de mim, ainda há várias jogadoras na luta”, observou.

E o que tem a dizer Sevastova sobre a brutalmente bela cidade de Nova Iorque? “É uma cidade difícil para se viver. É ótimo passar aqui duas semanas, mas viver aqui seria mais difícil. Ficaria cansada. Às vezes não é fácil dormir, porque o barulho lá fora é muito. Mas é Nova Iorque, esse tipo de coisas não é novidade”.

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