Nuno Borges (41.º) foi quem sorriu no final de uma intensa maratona de quase três horas e meia e assinou esta quinta-feira o apuramento para os quartos de final do Millennium Estoril Open. O maiato destacou-se nos detalhes com Marton Fucsovics (130.º) para rugir já no lusco-fusco, por 7-6(6), 6-7(4) e 6-4.
Com a missão em cima da mesa de vingar a derrota de Gastão Elias horas antes, o maiato não teve facilidades frente ao húngaro que já passou pelo top 35 mundial. Depois de uma troca de breaks inaugural, Fucsovics ainda rondou a vitória no primeiro capítulo, mas Borges fechou-se a porta por duas ocasiões para depois cerrar o punho.
Ainda assim, o tenista do leste europeu estava longe de deitar a toalha ao chão e deixou bem claro que o alerta precisaria de ser máximo até ao último ponto. A iniciativa de ambos foi escassa para fazer a diferença no segundo set, mas desta feita Fucsovics conseguiu a desforra numa nova ida a tira teimas.
O Estádio Millennium manteve-se bem composto já depois de mais de duas horas deixadas para trás e Borges alimentou a esperança sem perder tempo. Agora, não adiou a hipótese de quebrar o serviço do adversário e concretizou a ameaça nos minutos iniciais. Ao fim de vários perigos sentidos, Fucsovics conseguiu finalmente devolver a mesma moeda, mas o português manteve o espírito de resiliência para encontrar razões para festejar ao terceiro ponto de encontro.
Um ano depois de ter falhado o acesso às meias-finais num encontro com contornos polémicos com Cristian Garin, Nuno Borges vai voltar a ter a oportunidade de chegar ao fim de semana das decisões diante do público português.
O seu próximo adversário é Miomir Kecmanovic (47.º), finalista vencido há dois anos no Estoril. O historial entre ambos regista um triunfo para cada lado: primeiro foi o sérvio a celebrar em Delray Beach (2023), mas Nuno Borges conseguiu a vingança um ano e meio mais tarde, em Montreal.
Caso volte a comemorar num frente a frente entre dois dos principais cabeças de série, Nuno Borges fica a saber que se poderá tornar o segundo português a atingir a final — depois da caminhada histórica de João Sousa, em 2018 — se vencer Luca Nardi (100.º) ou Alex Michelsen (38.º).