Nuno Borges tem construído a carreira a perseguir vários recordes de João Sousa, mas esta quarta-feira trilhou o seu próprio caminho e tornou-se no primeiro tenista português da história a alcançar pelo menos a terceira ronda nos quatro torneios do Grand Slam.
Entre os 15 portugueses (11 homens, quatro mulheres) que já participaram em quadros principais de singulares de torneios do Grand Slam, apenas cinco (quatro homens, uma mulher) chegaram pelo menos a uma terceira ronda, mas nem o Conquistador do ténis português conseguiu o que o Lidador assinou esta quarta-feira em Wimbledon.
O maiato estreou-se em terceiras rondas no Australian Open de 2024 e essa campanha foi de tal forma histórica que só parou um passo à frente, já nos oitavos de final, feito repetido meros meses depois no US Open. Em 2025, regressou à terceira ronda em Melbourne e tornou-se no primeiro homem português a fazê-lo em Paris (Henrique Rocha igualou-o um dia depois), objetivo replicado esta semana em Londres para completar o “poker” inédito.
Michelle Larcher de Brito foi a primeira portuguesa a alcançar a terceira ronda de um torneio do Grand Slam em Roland-Garros 2009 e repetiu a façanha em Wimbledon nos anos de 2013 e 2014. Pelo meio, Frederico Gil tornou-se no primeiro homem a assinar o feito durante o Australian Open de 2012.
Seguiu-se João Sousa, que o fez por oito vezes em três palcos diferentes (três no Australian Open, duas em Wimbledon e três no US Open) e até se tornou no primeiro a chegar a uns oitavos de final (Nova Iorque 2018 e Londres 2019), mas nunca em Roland-Garros — fez segunda ronda em cinco edições.
