PORTO – Angelina Voloshchuk celebrou esta quinta-feira a passagem pela quarta vez na carreira aos quartos de final de um torneio profissional, mas os mais relevantes por se tratarem dos primeiros numa prova sob égide WTA. E se na primeira ronda tinha beneficiado da desistência de Heather Watson quando já vencia, neste caso não há qualquer asterisco na frente do maior escalpe já logrado.
Para o desfecho vitorioso diante da americana Hina Inoue (203.ª WTA), a jovem lusa de 18 anos necessitou de recuperar de uma desvantagem inicial de 4-1 e amealhou sete jogos consecutivos até ao 2-0 no segundo parcial. “Estava a perder, mas pensei que ia conseguir. Tentei concentrar-me ao máximo, encontrar o equilíbrio e dar a volta. Ela servia bem, então senti dificuldade a responder. Só que depois consegui encontar o equilíbrio e dar a volta ao encontro”, disse no final em conferência de imprensa, sem problemas em descrever como “zona” — período habitualmente referido na gíria como estado em que tudo sai demasiado bem – o ciclo de jogos seguidos.
“Foi uma grande vitória para mim, estou muito contente. Estava bem preparada. Entrei um bocadinho nervosa, mais nervosa do que no primeiro dia, porque também era um jogo mais importante”. A importância refletiu-se na reação após o match point concretizado e no cumprimento ao treinador Dário Matias. “É uma vitória minha e dele”, mencionou.
O sucesso nem a surpreende em demasia. “Este torneio mostra-me que tenho nível para estar aqui, para estar a jogar contra estas jogadoras de topo. Acho que depende muito de mim, da minha vontade, da minha luta e do que faço dentro do campo. Dá-me muita confiança e coragem”.
Uma competição que volta a abrir horizontes – do posto 836 WTA está já a ascender virtualmente quase 200 posições – e dá a possibilidade de cumprir objetivos mantidos no oculto. O certo é que esta sexta-feira, frente a Lanlana Tararudee, há nova oportunidade para abrilhantar ainda mais a melhor semana da carreira.