Zarina Diyas abraça luta pelo regresso a palcos de outrora por “amor ao ténis”

Beatriz Ruivo/FPT

FIGUEIRA DA FOZ – Zarina Diyas foi a responsável pela não confirmação de Francisca Jorge no próximo US Open ao bater a número um nacional para rumar às meias-finais do Figueira da Foz Ladies Open. A antiga 31.ª da hierarquia WTA tem o palmarés mais recheado da competição e está também ela a lutar para chegar a Flushing Meados, um dos palcos de gala da modalidade que tão bem conhece.

Apurada para a quarta meia-final de 2025 e a maior (ITF W100) desde 2019, a cazaque de 31 anos não escondeu a satisfação por ter dado mais um passo importante nesse objetivo principal. “Eu também estou a lutar pelo US Open e senti que estávamos as duas nervosas. Estou feliz por estar na minha primeira meia-final da categoria 100 este ano, especialmente porque as condições não estavam nada fáceis. Muito vento, muito calor, mas estou contente com a forma como lidei com tudo isso”.

Um dos segredos foi deixar de pensar tanto na meta porque estava a jogar pior quando colocava essa pressão nos próprios ombros. Virtualmente ainda fora do top 250 (começou a semana no posto 269), a tenista natural de Almaty precisa de atingir a final para voar para Nova Iorque, e mesmo assim pode não chegar.

Mas Diyas já venceu um troféu do circuito principal, tem 27 quadros principais em provas do Grand Slam e até chegou duas vezes à segunda semana de Wimbledon. Mesmo assim, e depois de lesões num ombro e problemas estomacais que a atiraram para fora do circuito de maio de 2022 a maio de 2024, percalços que a fizeram contemplar o abandono do ténis, a ex-top 40 reentrou a motivação para escalar tudo de novo, após perder todo o ranking, na paixão pelo ténis.

“Voltei o ano passado e tinha saudades. Sentia falta de jogar torneios, da adrenalina, das emoções. Tenho imensa fome e motivação para regressar ao top 100 e regressar aos eventos principais. Amo jogar ténis e isso leva-me a continuar. Ainda tenho objetivos por concretizar e foi isto tudo que me fez voltar”, contou em conferência de imprensa no Tennis Club da Figueira da Foz com o vento como pano de fundo.

A ideia do top 100 é aparecer até ao final da presente época, o que mostra ambição. Ainda que o mais importante seja estar “saudável”, algo comum e bem-vindo nos últimos tempos. O destino e o caminho para lá chegar são conhecidos e “claro que se não acreditasse não estaria a jogar outra vez”. No entanto, prefere reger-se pelos objetivos “a curto prazo, passo a passo”.

A segunda vida tem vindo a proporcionar tanta alegria que nem o facto de competir em provas menores, depois de tanto sucesso lá em cima, a abala. “Não quero saber se o torneio é pequeno ou grande, quero é desfrutar e jogar o meu melhor. Estou apenas feliz por jogar novamente”. E os elogios a Portugal e à organização do Figueira da Foz Ladies Open foram muitos.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Total
0
Share
Vista geral sobre privacidade

Este website utiliza cookies para fornecer a melhor experiência de navegação. As informações são guardadas no seu browser e permitem reconhecer o seu regresso ao website, bem como ajudar a nossa equipa a perceber que secções acha mais úteis e interessantes.