FIGUEIRA DA FOZ — Francisca Jorge ficou no portão de embarque, mas nem quis pensar em contas quando chegou à sala de conferências de imprensa para fazer o rescaldo da derrota nos quartos de final do Figueira da Foz Ladies Open, onde precisava de mais uma vitória para assegurar a presença na primeira lista do qualifying do US Open.
“Não quero ver o ranking, honestamente acho que é a última coisa que quero fazer agora. Se calhar depois da final de pares vou ver para perceber em que posição estou, mas não quero que me digam”, admitiu na sequência da derrota para Zarina Diyas. “Toda a excitação de ontem com algumas pessoas a dizerem-me ‘já estás dentro’, mais isto e não sei o quê… acho que se calhar senti e inconscientemente o meu corpo quis relaxar, mas vamos ver. Acredito que na primeira lista não vou entrar, mas se estiver perto diria que vamos tentar viajar uma semana antes e inclusive jogar um torneio para me preparar o melhor possível.”
O discurso da número um nacional deixou claro que não estava totalmente a par das contas necessárias para o apuramento: “Tinham-me dito que se passasse a primeira ronda ficava perto e que se passasse a segunda era praticamente garantido. Agora vamos ver o que é que isso significa, mas independentemente de entrar ou não, a minha época não se baseia em jogar o US Open. Sabia exatamente o que esta semana significava, mas não diz menos de mim chegar lá ou não”, acrescentou já depois de ter sentido “exaustão mental e física” ao terceiro dia de uma semana com muito em jogo.
Em relação às contas, a jornada de sexta-feira terminou com Francisca Jorge na 233.ª posição do live ranking e a vimaranense ainda pode terminar a semana como 234.ª caso a adversária que a derrotou alcance a final. Uma classificação que provavelmente a deixará dependente de algumas desistências para chegar ao cut.