PORTO — Henrique Rocha regressou a casa com uma série de quatro derrotas e colocou-lhe um término esta terça-feira, ao tornar-se no primeiro português a seguir para a segunda ronda do Eupago Porto Open. Num ano que tem sido de altos e baixos, o portuense espera desbravar mais caminho para desbloquear mais um pico de forma.
“Não foi um encontro perfeito em termos de nível, mas consegui competir muito bem. Nos últimos dois dias treinei bem e o mais importante era levar uma vitória para casa, sem dúvida que estava a precisar”, explicou em conferência de imprensa.
A competir pelo terceiro ano consecutivo no maior Challenger da cidade invicta, Rocha reconheceu que “as sensações aqui nem sempre são as melhores, sobretudo no court central porque é difícil de jogar com o vento”, mas ficou satisfeito com o puzzle que resolveu para ultrapassar um adversário esquerdino, o britânico Henry Searle: “Sabia que ele servia muito bem, mas a partir do momento em que começasse a anulá-lo um bocadinho com a resposta para impor o meu jogo e o meu ritmo sabia que podia passar para a frente, porque ele deixaria de ter tantas oportunidades de ir para a rede. A resposta era o meu foco principal e acho que estive muito bem.”
De volta a casa e às vitórias, Henrique Rocha gostou de “festejar com os meus e estar perto deles”, mas quer mais depois de uma passagem fugaz pelos ATP 250 europeus pós-Wimbledon: “Acima de tudo preciso de fazer [mais vezes] o que fiz hoje, ‘safar’ estes encontros em que o nível não é perfeito e competir bem. Foi disso que andei à procura nestas últimas semanas e que ao voltar ao nível do mar me ajuda a controlar mais a bola.”
Superado um esquerdino, segue-se outro, o costa-marfinense Eliakim Coulibaly (286.º), e caso o faça terá como recompensa os quartos de final inéditos neste Eupago Porto Open onde, há dois anos, venceu pela primeira vez no quadro principal de um Challenger.