Gastão Elias sentiu-se “por cima” antes de ceder ao cansaço, mas diz até já ao Porto com sinais positivos

João Mendes/Eupago Porto Open

PORTOGastão Elias foi o último resistente da primeira semana, mas um dos primeiros a concluir a segunda e saiu desapontado do primeiro Challenger na invicta, à qual espera voltar dentro de poucas semanas com mais bagagem para resistir ao cansaço.

“O principal foi mesmo o físico porque não me permitiu manter a consistência ideal para este encontro”, explicou, de forma peremptória, no arranque da conferência de imprensa à análise da derrota para Martín Landaluce.

O espanhol defende o estatuto de segundo cabeça de série, mas Elias, 15 anos mais velho e campeão do ITF M25 no domingo, sentiu que a promessa do país vizinho estava “perfeitamente ao alcance” não fosse o peso da final de 3h25 jogada menos de 48 horas antes. “Oscilei mais do que o normal por conta da parte física. Sentia que não era um dia em que estivesse 100% fresquíssimo, ao contrário do que aconteceu na semana passada. Foram muitos dias a jogar com 30 graus e ontem, a treinar, estava de rastos e praticamente não conseguia mexer-me. Sabia que hoje ia ser complicado, mas mesmo assim joguei bem nalguns momentos e mesmo não estando a 100% consegui causar-lhe muitas dificuldades. Isso mostra que estou a um bom nível e que seja quem for do outro lado da rede tenho sempre oportunidade, só me faltou agarrá-la.”

Eliminado à primeira numa semana que podia ser importante para recuperar mais posições (ainda assim vai regressar ao top 300 graças ao título de domingo), Elias admitiu que “custa e dói” sair cedo do Porto, mas garantiu ter dado “o melhor que tinha” tendo em conta as condições, que incluem a recuperação de uma rotura muscular no posterior da coxa que o afastou durante sensivelmente um mês e meio.

“Há um mês e pouco não estava a competir e agora levei uma ‘vacina’ de jogos com um calor quase insuportável, portanto acho que fisicamente já posso dizer que estou bem. Mas tenho de ter noção e planear bem as coisas”, acrescentou antes de explicar que não vai competir na próxima semana e que antes de voltar ao Porto, no final de agosto, para a CT Porto Cup, já em terra batida, só deverá jogar outro Challenger em Todi, Itália, na semana anterior.

O objetivo de médio prazo passa por marcar a viagem para a Austrália, onde espera regressar aos torneios do Grand Slam exatamente três anos depois. Para isso, terá de acabar 2025 entre os 220 primeiros, o que lhe colocaria um “bom problema”: o de gerir o nascimento da primeira filha, previsto para fevereiro, ou seja, pouco depois do Happy Slam.

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