PORTO – Frederico Silva voltou a passar por uma paragem relativamente prolongada, uma coleção que já vai bem extensa. Neste caso, uma pubalgia afastou-o quatro meses da competição, numa altura em que praticamente não defendia pontos e os Grand Slams estavam em ponto de mira.
“Na verdade, os três Grand Slam este ano fugiram-me por muito pouco”, sublinhou o atual número quatro nacional em conferência de imprensa após superar a estreia no ATP Challenger Eupago Porto Open. E quando fala de três, nem inclui o Australian Open do início de 2025, parece quase noutra temporada face a mais um pára-arranca.
“A paragem não me permitiu competir e não me permitiu ganhar os poucos pontos que precisava. Era difícil não entrar, mas não pude competir”. De facto, para o US Open as contas já eram mais hercúleas pois a semana passada defendia um título ganho em Castelo Branco, mas os Majors de piso natural estavam à mão de semear e a lesão afastou-os.
A experiência de mazelas anteriores levam Frederico Silca a encarar a mais recente com naturalidade e agora a ideia passa por regressar a um nível condizente com o anterior à pubalgia – já este ano, em fevereiro, venceu um título em Vila Real de Santo António, na segunda metade de 2024 arrecadou dois troféus em quatro finais. “Sinto que não estou com o ritmo ainda do início do ano e do final do ano passado, o que acaba por ser normal”.
A vitória em quase três horas na ronda inaugural no Complexo Desportivo do Monte Aventino ajuda nessa tentativa de recuperar as boas sensações. E as condições de jogo no coração da cidade do Porto são do agrado do caldense – se calhar até é o Challenger nacional mais do agrado – ainda que frise que a peculiaridade do Court Eupago pede “habituação e ajustes”. “Se conseguir habituar-me pode favorecer-me”.
