PORTO – Frederico Silva ficou pela segunda ronda do Eupago Porto Open, num dia em que o serviço deixou-o refém contra o tunisino Moez Echargui. O tenista natural das Caldas da Rainha foca-se agora na terra batida e numa segunda metade do ano com alguns pontos a defender para, quem sabe, regressar ao Australian Open.
Não fosse em Portugal e o torneio Challenger do Complexo Desportivo do Monte Aventino nem estaria nos planos, já que a ideia até final de 2025 passa pela terra batida, com paragem em Portugal para quatro torneios portugueses no circuito secundário. Ainda assim, o Eupago Porto Open não deixa de ser uma oportunidade desperdiçada. “Apesar de ser um torneio solto no calendário o objetivo era seguir mais em frente. Era sempre mais uma semana para somar jogos, somar vitórias, e tinha muita vontade de fazer um bom resultado para ir para a terra batida mais tranquilo”.
A ideia não foi concretizada e antes de regressar ao Porto, mas para a CT Porto Cup, Frederico Silva tem agendados dois torneios Challenger, em Todi e em Sófia. Pela cotação atual (263.º, deve subir quase uma dezena de posições), o número quatro nacional não aponta às provas ITF. “Se estou com ranking para jogar uns Challengers, vou tentar fazer pontos nestes torneios, que são os que quero jogar. Enquanto o meu ranking permitir não faz muito sentido, salvo alguma exceção, ir abaixo aos ITF. Daqui a uns meses, eventualmente, se as coisas não estiverem a correr bem, se for preciso volto e não tenho problemas com isso, mas neste momento o meu objetivo é melhorar o meu nível, ganhar ritmo nestes torneios, passar rondas nestes torneios e sinto que tenho nível para isso”.
Na segunda metade da temporada, Silva tem pontos a defender relativos a dois títulos ITF M25 em quatro finais. O regresso às provas de elite está no foco, mas ao mesmo tempo está afastado. “Ainda falta muito tempo. Isso é um objetivo, mas faltam tantos meses que não pode ser só isso na cabeça. Ou seja, neste momento, com tantos torneios pela frente, o objetivo é melhorar o nível, fazer muitos jogos, ganhar muito e chegar longe nos torneios, que é uma coisa que não tenho conseguido. Depois, naturalmente que se conseguir fazer isso os resultados e o ranking vão melhorar e vou conseguir entrar nos Grand Slams. O próximo é só em janeiro, tenho muito tempo e tenho de me focar mais na qualidade do jogo, nas coisas que posso ir melhorando e isso depois é que me vai trazer resultado para poder participar na Austrália”.