LISBOA – Darja Semenistaja (104.ª WTA) e Simona Waltert (116.ª) entraram no Lisboa Belém Open como as mais cotadas da competição e vão este domingo protagonizar a final da quinta edição feminina do torneio, a mais importante de todas por se tratar de um ITF W100, a categoria mais forte das provas da Federação Internacional de Ténis.
A primeira a garantir o acesso ao último dia foi Walter, número quatro suíça. A jogadora de 24 anos joga habitualmente em Portugal desde 2017 e já tinha atingido várias vezes quartos de final e um par de meias-finais (CETO 2021 e Oeiras Ladies Open WTA 125 deste ano) no nosso país, mas carimbou lugar na primeira decisão por cá e 20.ª da carreira ao bater a russa Oksana Selekhmeteva (quarta favorita fruto do posto 125 do ranking) com os parciais de 6-3 e 6-3 em 87 minutos, num duelo disputado no Estádio CIF.
A tenista helvética cedeu o serviço logo no jogo inaugural do embate, mas esse acabou por ser o momento mais difícil de gerir em todo o compromisso e só por uma vez mais, a 3-3, foi ameaçada no seu golpe de saída. Mesmo sem tanta potência de bola, Waltert lidou melhor com as condições mais lentas comparativamente à restante semana (é uma jogadora com melhor movimentação e capacidade de defesa) e usou toda a variedade do seu arsenal – de bolas mais altas, algumas moles, alguns slices e amorties, no fundo a maior panóplia em relação a Selekhmeteva, mais unidimensional – para desregular a adversária de leste e agarrar o primeiro bilhete para domingo.
Simona Waltert atingiu a final do WTA 125 de Liubliana na prova anterior ao torneio do CIF, pelo que a final do Lisboa Belém Open passa a ser a segunda da temporada e a segunda maior do palmarés. Se voltar a vencer sai de Lisboa com o maior título do currículo e provavelmente com a estreia no top 100 WTA.
A entrada inédita no top 100 também é algo que Darja Semenistaja procura esta semana – no seu caso está virtualmente nessa posição, mas ainda com muito em jogo em vários outros torneios, nomeadamente no WTA 1000 de Pequim -, mas no caso da número dois letã não está em jogo o maior troféu da vida tenística.
Isto porque Semenistaja esta temporada já arrecadou o segundo título WTA 125 do currículo (e atingiu outra final na categoria). Semifinalista no CETO (também ITF W100) em abril, a esquerdina de 23 anos acabou igualmente por beneficiar, em certa medida, das condições de jogo e prevaleceu por 6-2 e 6-2 em 79 minutos no frente a frente com a número um austríaca Julia Grabher (121.ª).
A ex-54.ª WTA e finalista do WTA 250 de Rabat em 2023, terceira pré-designada no CIF, possui uma grande direita em top spin, bem menos eficaz sem calor e sol a brilhar. Além disso, Semenistaja defende como poucas neste nível, não é fácil passar por ela, e gosta da bola ao nível da cintura para desferir contra-ataques letais. O resultado acabou por ser mais desnivelado do que o esperado e a primeira cabeça de série arrancou a vencer por 4-0 nos respetivos sets, tendo perdido uma vez o serviço em cada um dos parciais sem preocupações de maior para o desfecho positivo.
Darja Semenistaja venceu, também, a chuva esta sábado, pois conseguiu finalizar o duelo minutos antes da interrupção da jornada por várias horas. A tenista de leste somou a 21.ª final de 2025 e terceira da temporada.
As duas mais cotadas não só justificaram o estatuto como chegam à final sem qualquer parcial perdido. Vão defrontar-se pela segunda vez, depois da vitória de Waltert logo do início desta época, na primeira ronda de um WTA 125 de piso rápido em Canberra por 6-2 e 6-1.
Semenistaja vai à procura do 18.º título do palmarés e do terceiro mais relevante; Waltert vai lutar pelo oitavo e maior troféu.
