Longe vão os tempos em que Bernard Tomic lutava por títulos e apresentava um ranking mais condizente com o seu real valor. O tenista australiano de 24 anos está a realizar uma época para recordar pelas piores razões e salpicada com várias declarações polémicas. Para Lleyton Hewitt, antiga glória do ténis daquele país, a receita para o seu compatriota voltar ao trilho dos bons resultados resume-se numa palavra: trabalho.
“Ele precisa de trabalhar muito mais. Tem que passar mais horas a trabalhar no court, mas no ginásio também, para estar apto a jogar durante o verão australiano. É duro jogar o Australian Open, porque os dias são muito quentes, ele deve estar pronto para isso”, indicou o antigo número 1 mundial, esta segunda-feira, ao jornal australiano The Sydney Morning Herald.
Esta semana no 144.º posto do ranking, Bernard Tomic tem como melhores resultados em 2017 a presença nos quartos de final dos torneios ATP 250 de Eastbourne e Istambul. Hewitt defende que Tomic necessita de voltar a disputar encontros com frequência.
“Ele ainda tem alguns torneios [para jogar em 2017] e necessita de entrar naquela rotina de jogar com frequência. Simplesmente não jogou o suficiente este ano. Terminar este ciclo de eliminações em primeiras e segundas rondas não é fácil”, afirmou.
Lleyton Hewitt sublinha que se dá “muito bem” com Bernard Tomic e espera que o antigo 17.º da hierarquia regresse à equipa australiana da Taça Davis, ele que esta época optou por ficar à margem.
“Já falei diversas vezes com o ‘Bernie’, assim como algumas pessoas da Tennis Australia [entidade que dirige o ténis australiano]. Damo-nos muito bem. Acho que os fãs de ténis, especialmente as pessoas da Tennis Australia, gostariam que ele voltasse à Taça Davis, porque é um jogador com nível para o top 20, top 25 e o seu objetivo até devia ser entrar no top 10, um dia”, apontou o capitão australiano.