Taça Davis no seu esplendor: Goffin derrota Tsonga e adia decisão da final para o quinto e último encontro

Fotografia: Paul Zimmer/Davis Cup

Não, não falta emoção a esta final da Taça Davis: depois do empate no primeiro dia e da vitória gaulesa num encontro de pares de cortar a respiração, David Goffin voltou a vencer para dar o empate à Bélgica e restabelecer a igualdade. O quinto e último encontro do fim de semana vai decidir a nova seleção campeã, como aliás bem manda a tradição.

Numa altura em que o formato da competição tem vindo a ser cada vez mais discutido e também o local das finais parece ser pensado — são cada vez mais os defensores de finais em terreno neutro, longe de uma das “casas” das equipas finalistas –, França e Bélgica relembram ao mundo algumas das razões pelas quais a Taça Davis continua a ser um verdadeiro caso de sucesso.

A começar pelo ambiente vivido no Stade Pierre-Mauroy, a casa do Lille OSC que aqui é emprestada para esta final, e passando por vários capítulos que a tradição do “mundial por equipas” do ténis permite. Porque final que é final chega ao fim do primeiro dia empatada e volta a ver a igualdade restabelecida após o primeiro duelo da jornada de domingo, assim foi.

Por isso, o encontro entre os melhores jogadores de cada uma das equipas era de extrema importância: em caso de vitória, Jo-Wilfried Tsonga entregaria a taça ao seu país; já David Goffin, estava obrigado a dar continuidade à excelente exibição de sexta-feira e a vencer para manter vivas as hipóteses belgas.

Acabou mesmo por ser o “pequeno-grande” guerreiro (que é o atual sétimo classificado do ranking ATP, fruto da excelente campanha no Nitto ATP Finals) quem venceu, pelos parciais de 7-6(5), 6-3 e 6-2. Foi um encontro em que o primeiro break demorou muito a aparecer (só ao fim de 1h43 e a favor de Goffin) e no qual Tsonga não aproveitou oportunidades que atendendo à circunstância requeriam melhor julgamento e eficácia. Já o belga, mais consistente do que nunca, voltou a mostrar porque é, nesta altura do campeonato, um dos melhores jogadores do planeta — mesmo em território hostil.

Com o ambiente “ao rubro” do primeiro ao último ponto, a final da Taça Davis 2017 vai ter o que merece — e o que o público merece: um sempre emocionante quinto e último encontro, que para já tem Lucas Pouille e Steve Darcis como protagonistas escolhidos mas que pode, e sobretudo do lado francês, sofrer uma mudança de última hora.

Afinal, Richard Gasquet está “ali à espreita” — têm sido várias as referências do primeiro campeão do Millennium Estoril Open à vontade em jogar singulares — e o seu currículo é bem mais credenciado do que o do ainda jovem compatriota.

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